Jornal Estado de Minas

Policiais civis protestam na Praça Sete de BH

A categoria participa de mobilização nacional com paralisação de 24 horas. Eles saíram do Bairro Lagoinha em direção ao Centro

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri

- Foto: Leandro Couri/EM DA Press

Os policiais civis, que participam de uma mobilização nacional com paralisação de 24 horas, fazem passeata pela capital nesta quarta-feira. Eles chegaram a Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, por volta de 12h. O grupo com cerca de 50 servidores saiu da portaria do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol-MG), no Bairro Lagoinha, e seguiu em passeata até o Hipercentro.O ato terminou por volta das 13h50.

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Os policiais passaram pela Avenida Presidente Antônio Carlos, pegaram o Viaduto da Lagoinha e subiram a Afonso Pena até o cruzamento com a Amazonas. O protesto deixa o trânsito lento, com interdição total ocorre na Afonso Pena e Amazonas. Os policiais estão com faixas e um carro de som.

- Foto: Leandro Couri/EM DA PressSegundo o Batalhão de Trânsito, a opção para quem sobe a avenida sentido rodoviária/Mangabeiras é seguir pela Rua Caeté até a Bahia. Os condutores que desce a via, podem virar na Rua Espírito Santo em direção a Andradas para fugir da interdição.

Por volta de 13h50, o protesto foi encerrado.

A paralisação das atividades por 24 horas faz parte de um movimento nacional de policiais civis e federais do Brasil.

O protesto é sinal de advertência aos governos para aprovarem as matérias de políticas públicas de interesse da sociedade e da categoria policial, no fortalecimento das forças policiais no enfrentamento a criminalidade.

Os policiais pedem o nivelamento do salário em todo o país, além de melhores condições de segurança. Os policiais se mobilizam também pela criação do fundo nacional de desenvolvimento da segurança pública, com aprovação da PEC24, e da política nacional de segurança pública, com a provação da PEC51.

Em nota, a Polícia Civil informou que "defende, como a maioria da população brasileira, alterações legais que contribuam para a redução da criminalidade, mas espera que os policiais civis de Minas Gerais não percam de vista a necessidade de garantir ao cidadão um trabalho efetivo em favor da segurança pública. As formas democráticas de reivindicação merecem respeito, mas considera que o comprometimento com a sociedade é sempre prioridade". Conforme a corporação, os delegados ligados ao Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais (Sindepominas) não vai aderir ao movimento convocado nacionalmente.

Balanço

De acordo com a Polícia Civil, um levantamento preliminar mostra que há paralisações pontuais de alguns policiais. Os serviços de Polícia Judiciária e o atendimento ao cidadão não foram comprometidos,. No Detran/MG  da Gameleira, até às 15h, mais 400 vistorias foram realizadas. O Departamento de Investigação de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DIHPP) também funciona normalmente.

Aumento

A polícia informou que todos os policiais civis mineiros terão 15% a mais nos salários a partir de junho, como parte do acordo feito entre o governo e a categoria em 2011 e que já resultou, nos últimos três anos, em 32% de reajuste para todas as carreiras. Ainda em 2014, em dezembro, os policiais terão mais 12% de aumento e, em abril de 2015, outros 15%.

- Foto: Leandro Couri/EM DA Press

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