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Estado de Minas

Simulação de bomba em treinamento para a Copa do Mundo evidencia fragilidades

Falta de câmeras de segurança e falhas cometidas por policiais podem comprometer a segurança em uma situação real


postado em 22/05/2014 06:00 / atualizado em 22/05/2014 06:43

Esquadrão antibomba atuou, mas houve problemas no acesso ao local(foto: Túlio Santos/Em/D.a Press )
Esquadrão antibomba atuou, mas houve problemas no acesso ao local (foto: Túlio Santos/Em/D.a Press )

Em treinamento para a Copa do Mundo, policiais do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate), do 5º Batalhão da PM e da 4ª Região Militar do Exército simularam nessa quarta-feira à noite uma situação de bomba no estacionamento coberto do Expominas, no Bairro Gameleira, Região Oeste, onde vai ocorrer parte dos eventos Fan Fest da Fifa. Algumas falhas ficaram evidentes, como a falta de câmeras de monitoramento no local que pudessem registrar o responsável pela colocação da caixa com o artefato. As câmaras ficam posicionadas apenas na entrada. O acesso ao estacionamento também é baixo e a van com o robô e outros equipamentos do Esquadrão Antibombas não teve como entrar. Policiais militares também usavam telefones celulares nas proximidades da área isolada, o que é perigoso em uma situação real. Qualquer aparelho de frequência e que emita ondas pode acionar a bomba.

O coronel Wagner Silveira Paula, da 4ª Região Militar do Exército, disse que a simulação de ontem foi justamente para evitar falhas em uma situação real. “O objetivo é a correção das deficiências”, disse. Segundo o coronel, todos os problemas serão discutidos em 4 de junho, em reunião do Grupo Institucional de Proteção Pública, composto por todos os órgãos de segurança envolvidos com a Copa.

O treinamento começou no início da noite, quando um funcionário do Expominas simulou ter encontrado uma caixa suspeita abandonada no estacionamento. A PM foi acionada e o local foi isolado. A equipe do Estado de Minas foi levada para a sala da administração do Expominas, local considerado seguro e onde seria montado um posto de comando.

A equipe do Gate demorou 25 minutos para se deslocar da base no Bairro Santa Mônica, na Pampulha, enfrentando o trânsito do horário de pico. Em uma situação real, a presença do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) seria imprescindível.

O Gate montou um posto e fez uma análise do risco. O robô com uma câmera se aproximou da caixa suspeita e de longe os policias analisaram a área de risco. Diversas tarefas foram desencadeadas simultaneamente. O militar com roupas que pesam 30 quilos, feita com vários materiais de proteção contra ondas de fragmentação e estilhaços, foi até onde estava o material suspeito com um aparelho de raio-X, para verificar o que havia dentro da caixa sem precisar tocá-la. O capacete usado tem ventilação, sistema de comunicação e é protegido de gases tóxicos. Um outro treinamento está previsto para hoje no Mineirão, com participação da Polícia Federal. Será simulada a situação de um torcedor que entra armado no estádio e faz reféns.


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