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Estado de Minas

Quadrilha presa no Sul de Minas é suspeita de matar escrivão da Polícia Civil

Investigação durou cerca de nove meses e resultou na prisão de 34 pessoas, além de expedir outros sete mandados de prisão. Quadrilha é suspeita de quatro homicídios, entre eles o de um escrivão da polícia


postado em 22/05/2014 16:28 / atualizado em 22/05/2014 17:00

A operação da Polícia Civil denominada “asfixia” que resultou na prisão de 34 pessoas em Machado, no Sul de Minas, começou após a morte de um escrivão da corporação em 2013. A informação foi divulgada na tarde desta quinta-feira pelo delegado Clevaldo Marcos Pereira, responsável pela investigação, que durou cerca de nove meses. Além da prisão de 34 pessoas, outros sete mandados de prisão seguem em aberto.

De acordo com a polícia, a quadrilha tem envolvimento com crimes de homicídio, tráfico de drogas, latrocínio, furtos e roubos a comércios em cidades da região. Autodenominados “Primeiro Comando do Jardim” (PCJ), os suspeitos agiam no Bairro Jardim das Oliveiras e disputavam o domínio do tráfico de drogas com outra quadrilha conhecida como “Santa Luíza”. Segundo o delegado, o grupo utilizava adolescentes para a prática criminosa. “Eles não tinham uma maneira específica de agir, eram teoricamente normais, mas procuravam adolescentes para integrar o bando e consequentemente roubar e vender entorpecentes”, disse Clevaldo Marcos.

O grupo é suspeito de cometer quatro homicídios desde o ano passado, entre eles a morte de um policial civil, após uma tentativa de assalto. Na época do crime, 26 pessoas foram presas sob suspeita de participação e integração da quadrilha. Os crimes continuaram sendo investigados, tendo em vista que outras pessoas do grupo continuavam vendendo drogas e praticando assaltos em Machado. “Tínhamos informações da continuidade dos crimes por outros integrantes da PCJ. A verdadeira intenção deles era o comando do tráfico aqui na cidade, e para isso roubavam motocicletas e assaltavam para financiar o crime”, acrescentou o delegado.

De acordo com a investigação, a quadrilha tinha um fornecedor de drogas em Alfenas, e comercializavam principalmente o crack, mas também vendiam maconha e cocaína. “Tivemos o apoio de oito delegacias regionais, aeronaves, canil de Belo Horizonte e cerca de 180 policias civis. Ainda restam sete mandados de prisão, totalizando 41 suspeitos, e continuaremos trabalhando para prende-los”, finalizou o delegado.

Os 34 presos pela operação da Polícia Civil estão em presídios de Machado, Alfenas, Três Corações e Pouso Alegre, onde vão cumprir pena.


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