A Marcha das Vadias reuniu cerca de 500 pessoas na tarde deste sábado em Belo Horizonte. A irreverência e a alegria - sob o comando do grupo Baque de Minas - foram as marcas do evento na capital mineira. As mulheres usaram os próprios corpos para dar o recado contra a violência.
Desde 2011, um grupo de mulheres protesta contra o argumento de que a violência sexual - casos de estupro e tentativas de estupro no Brasil - seria de responsabilidade das vítimas, motivada por hábitos, roupas e atitudes provocantes.
A 4ª Marcha da Vadias saiu da Praça da Rodoviária, no Centro de BH, cruzou a Rua Guaicurus, passou pela Praça da Estação, Rua da Bahia, Praça Sete, Avenida Afonso Pena, Avenida João Pinheiro e, por fim, a Praça da Liberdade. A passeata reuniu crianças e adultos de todas as “tribos” da cidade.
As mensagens pintadas nos corpos foram claras e diretas: “Meu corpo é meu território”, “Lugar de mulher é na luta”, “Meu corpo, minhas regras”. O grupo Baque de Mina, que embalou a passeata, foi criado em janeiro de 2013 e é composto somente por mulheres.