O comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Márcio Martins Sant’Ana, critica os defensores da desmilitarização da corporação, que, segundo ele, seria um armadilha para a população.
As PM completará 239 anos em 9 de junho, informou o coronel, para lembrar a importância da corporação. “Estamos presentes desde o Brasil-Colônia. Estamos antenados com o nosso tempo, contemporâneos e muito bem sintonizados com as demandas, plenamente habilitados para prestar os serviços que a sociedade deste tempo exige”, afirma o coronel, reforçando que a doutrina da PM é baseada na filosofia dos direitos humanos, na polícia de proximidade e comunitária.
O coronel ressalta não ter uma resposta, mas uma dúvida sobre a desmilitarização. “A quem serve esse tipo de desestabilização e inquietação nas instituições tão tradicionais no país, que prestam seus serviços e são testadas todos os dias? Não é a Copa do Mundo, não é Olimpíada, o serviço é diário, e todos os dias a gente tem que dar prova da nossa eficiência”, diz o comandante da PM, lembrando que, no ano passado, a corporação registrou mais de 1,5 milhão de ocorrências, 257 mil prisões e mais de 20 mil armas apreendidas em Minas.
Maria da Penha
“As ocorrências são amplas, vão desde assistência a uma pessoa doente a casos de maiores complexidades, em que o nível de violência tomou proporções quase insuportáveis.
O coronel informou que esteve em Brasília com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e discutiu o assunto: “A desmilitarização é um slogan que não pegou. Essa cantilena vem há 20 anos tentando ser emplacada e nunca se efetivou. A sociedade e os políticos responsáveis sabem da importância da PM para o estado democrático de direito, para a vida das menores cidades ev dos grandes centros urbanos”.
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