Agentes informaram ainda que a terceira fase do Move na Antônio Carlos está marcada para o dia 12 de junho, com uma linha troncal para atender a região da Savassi. A nova configuração obriga as linhas 50 (Centro) e 51 (hospitais) a operarem com intervalos que chegam a apenas um minuto de diferença em alguns horários.
Mais uma vez a principal reclamação dos usuários foi a falta de informações. Porém, diferentemente da primeira etapa, mais funcionários da BHTrans estavam disponíveis para auxiliar os passageiros e a sinalização começa a melhorar, com placas definitivas. Outro problema foram as filas nas bilheterias. Sem o cartão integração, é necessário descer das alimentadoras e comprar um bilhete unitário complementar antes de passar pelas catracas.
A operadora de telemarketing Márcia Mendes Rodrigues, de 27 anos, se adiantou e fez o teste no Move sábado, para aproveitar o movimento mais tranquilo. Ontem, ela orientou a mãe, que também é passageira do novo sistema e queria ir à região hospitalar. Ambas usavam a linha 2211A, que ligava o Bairro Campo Alegre, Norte, ao Centro. “Achei que houve prejuízo da nova linha alimentadora. Antes, nosso ônibus ia para o Centro de 20 em 20 minutos. Agora, passa de meia em meia hora para a estação”, afirma Márcia. Para ir aos hospitais, a mãe de Márcia, Maria Rodrigues Teixeira, de 50, empregada doméstica, ia pegar a linha 51 pela primeira vez. “Vamos ver como que fica, a ajuda da minha filha foi importante para saber o que fazer. Ainda está tudo meio confuso”, diz ela.
A assessora pedagógica Cássia Nascimento, de 41, deixou de usar a Linha 2211B, que levava os moradores do Bairro Planalto, Norte de BH, ao Centro da capital. “Gastava em torno de 35 minutos nesse trajeto.
Monitoramento
A BHTrans informou que monitora permanentemente a demanda das linhas existentes ou a necessidade de criar ou adaptar seus itinerários. As linhas, segundo a BHTrans, são monitoradas de forma presencial e eletrônica para identificar a necessidade de reforço ou aperfeiçoamento do trajeto. “As linhas troncais já operaram ontem com o reforço previsto para a segunda etapa no corredor Antônio Carlos”, informou, por meio de nota. Disse ainda que foi ampliado o número de guichês por conta da demanda nas bilheterias.
Turista perdido na estação
Em meio ao tumulto gerado pela inauguração recente da Estação Pampulha e pela implantação da segunda fase do Move no terminal, um homem chamou a atenção na manhã de ontem. O turista João Teixeira Queiroz Mendes, de 51 anos, veio de Portugal com a mulher e o filho conhecer o Brasil e se aventurou pela estação. Porém, como não estava interessado em seguir ao Centro ou aos hospitais, ficou desorientado.
Ele estranhou muito o fato de um agente da BHTrans ter sugerido que ele fosse até o Centro para depois voltar à Pampulha. “Você saberia me dizer o que podemos fazer para chegar mais rápido ao zoológico?”, questionou, durante a conversa. Na primeira tentativa, outro servidor repetiu a orientação anterior. Na segunda, outro funcionário conseguiu resolver o problema. “Basta ele pegar uma das alimentadoras que vai para o Céu Azul e descer na Avenida Portugal. Ali, ele estará a um quarteirão da orla da lagoa, onde pode entrar no ônibus que vai ao zoológico.
Diametral extinta
A segunda fase na Antônio Carlos promoveu a primeira extinção de uma linha diametral, que liga dois bairros. A 1207 (Betânia/ Santa Mônica) foi substituída por uma alimentadora, que vai do Santa Mônica (Venda Nova) à Estação Pampulha; uma troncal, da estação ao Betânia (Oeste); e três radiais, do Betânia ao Centro. Com a saída de circulação do 1207, as três radiais são a 2033(Betânia/Centro), 2034 (Conjunto Betânia/Centro) e 2035 (Bairro das Indústrias/ Centro). A nova troncal é a 5250 (Estação Pampulha/ Betânia) e as alimentadoras 619 (Pampulha/Santa Mônica via Santa Branca) e 620 (Pampulha/Santa Mônica via Santa Amélia).
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