Jornal Estado de Minas

Começa julgamento dos acusados de chacina em Vespasiano

Crime aconteceu em 2012 e os corpos das vítimas, que tinham entre 15 e 21 anos, foram encontrados em uma estrada

Cristiane Silva
Teve início, na manhã desta terça-feira, o julgamento de quatro acusados de envolvimento em uma chacina em Vespasiano, na Grande BH.
O crime aconteceu em fevereiro de 2012. Os corpos de quatro jovens, com sinais de violência, foram encontrados em uma estrada no Bairro Jardim da Glória. A Polícia Civil informou que a chacina está relacionada com o tráfico de drogas.

O júri começou com quase uma hora de atraso no 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a sessão é presidida pelo juiz Carlos Henrique Perpétuo Braga. Representando o Ministério Público (MP), está o promotor Cláudio Maia de Barros.

Dos 23 jurados, quatro homens e três mulheres foram sorteados para julgar Sting da Silva Rufino, Juliano Rodrigues de Souza, Robson Alexandre Ferreira Gandra e Ronam Miranda da Silva. O advogado Tiago Lenoir comanda a defesa dos réus.


A sessão começou com o interrogatório de Sting da Silva, que está preso há dois anos na Penitenciária Nelson Hungria. Ele disse ter ouvido o espancamento das vítimas quando estava do lado de fora de um barracão e que o responsável pelo crime é uma pessoa que já morreu. Ele alega que o autor da chacina era um traficante da região e que as quatro vítimas foram mortas pelo homem e outras seis pessoas.

Sting afirma que só entrou no imóvel para carregar os corpos e que não conhecia as quatro vítimas. Somente após ser preso ele teria ouvido falar que eles estavam envolvidos com o tráfico.

O réu afirma que não tinha opção de escola em não ajudar no crime, pois poderia ter problemas com os assassinos e assumiu estar arrependido de ter ajudado a carregar os corpos. Robson, Juliano e ele ajudaram a colocar os corpos das vítimas em um carro para transportá-los até outra região. Respondendo as perguntas do promotor, ele negou mais uma vez ter envolvimento direto nas mortes e disse que não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. .