Vítimas do taxista Ismard Martins Vieira, de 39 anos, suspeito de cometer pelo menos 18 estupros, devem comparecer nesta quarta-feira a delegacia para fazer o reconhecimento do motorista. De acordo com a delegada Andréa Aparecida Alves da Cunha, responsável pelo caso, as mulheres já foram intimadas. “Ele já foi reconhecido por 11 mulheres”, comentou a policial.
As investigações da Polícia Civil começaram em agosto de 2011. Várias mulheres procuraram a delegacia para denunciar o estupro. O último crime cometido pelo taxista aconteceu em 27 de abril deste ano. Ao todo, 18 inquéritos foram abertos contra o motorista.
Os depoimentos das vítimas à polícia são idênticos, segundo a delegada Andréa Aparecida Alves da Cunha, responsável pelas investigações. Segundo ela, motorista abordava as mulheres, que estavam sozinhas, nas ruas e afirmava que elas estavam sendo seguidas. Com isso, fazia com que elas entrassem no carro, um Siena, e as levava para um lugar ermo. Lá, dizia que estava armado e cometia os abusos. Ainda conforme as investigações, ele obrigava as passageiras fazerem sexo oral nele e também tocava as partes íntimas delas.
Uma das vítimas do homem compareceu à delegacia na tarde desta segunda-feira. Ela afirmou que quando foi atacada, havia acabado de sair da escola. Na época ela tinha 16 anos. A abordagem foi na Avenida Padre Pedro Pinto. O motorista se aproximou dela e disse que ela estava sendo seguida. Como a jovem se negou a entrar no carro, Ismard sacou uma arma e a obrigou seguir com ele.
A vítima foi levada para um local ermo e foi obrigada a fazer sexo oral no homem. Antes de ser liberada, a mulher foi agredida pelo motorista.
Prisão
O mandado de prisão preventiva contra Vieira foi expedido pela Justiça na sexta-feira e o cumprimento foi nessa segunda-feira pela manhã, no apartamento onde ele mora com a mulher e o filho de 13 anos, no Bairro Piratininga, Região de Venda Nova. Quando o homem foi abordado, a companheira dele chorou e perguntou o que ele tinha feito dessa vez, conforme a polícia.
Ismard Martins Vieira trabalhava como taxista auxiliar há cinco anos. Ele está preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da Gameleira.
Sindicato acompanha o caso
O diretor-presidente do Sindicato dos Taxistas de Belo Horizonte (Sincavir/BH), Ricardo Faeda, disse nessa segunda-feira que irá acompanhar a conclusão do inquérito para tomar as devidas providências contra o motoristas auxiliar. (Com informações de Andrea Silva)