Minas Gerais continua líder nacional em destruição da Mata Atlântica, mas conseguiu reduzir o ritmo do desmatamento. Entre 2012 e 2013, o estado derrubou 8.437 hectares, quase 211 vezes a área do Parque da Serra do Curral, em BH, mas 22% a menos que os 10.752 perdidos entre 2011 e 2012. Nos 17 estados com o bioma, foram suprimidos 23.948 hectares em 2012-2013, aumento de 9% em relação aos 21.977 do período anterior. A taxa anual de devastação no país é a maior desde 2005-2008, que teve média de 34.313 hectares derrubados por ano.
Os números são da nova edição do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado ontem. Realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o relatório mostra que a destruição de florestas no país aumentou pelo terceiro período consecutivo. Na pesquisa anterior, de 2011-2012, foram 21.977 hectares. Em 2010-2011, o desmatamento cobriu 14.090 hectares. Nos últimos 28 anos, forma perdidos 1.850.896 hectares. Hoje restam 12,5% da área original, se somados os fragmentos acima de 3 hectares.
Na avaliação da diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, a principal razão para a queda do desmatamento foi a moratória lançada pelo governo estadual, desde junho de 2013, impede, para alguns tipos de empreendimento, concessão de licença para corte de vegetação nativa do bioma.