Mais sete mulheres, entre elas, quatro menores de idade, reconheceram nesta quarta-feira o taxista Isnard Martins Vieira, de 39 anos, suspeito de cometer uma série de estupros em Belo Horizonte. Conforme a delegada Andréa Aparecida Alves da Cunha, responsável pelo caso, das 18 possíveis vítimas ouvidas até esta quarta, apenas três não reconheceram o taxista.
Cinco mulheres foram intimadas a realizar o procedimento, mas uma delas não compareceu à delegacia pela manhã. As outras quatro o apontaram como autor dos atos de violência. Elas ficaram frente a frente com o suspeito, com um espelho impedindo que ele as visse. Outras duas mulheres que não haviam sido acionadas pela polícia também procuraram a delegada hoje e confirmaram a identidade do homem. Uma foi atacada na Avenida Pedro II, no dia 6 de abril. A outra, de 14 anos, foi estuprada na Região de Venda Nova.
Todas as mulheres deram a mesma versão sobre os crimes. De acordo com a Polícia Civil, Isnard abordava as vítimas que estavam sozinhas nas ruas, oferecia carona no táxi e as levava para um lugar afastado, onde elas eram estupradas. Ele costumava ameaçar as mulheres, dizendo que estava armado, para cometer os abusos. Andréa tem 30 dias para finalizar o inquérito. “Estou aguardando o confronto de DNA do suspeito com o material recolhido nas vítimas”, explica Andréa. No entanto, a delegada acredita que pode finalizar o procedimento antes do prazo. A assessoria da PC informou que são 17 e não 18 o número de casos investigados.
Isnard Martins foi preso na segunda-feira, em cumprimento de um mandado de prisão. Ele estava no apartamento onde mora com a mulher e o filho de 13 anos, no Bairro Piratininga, Região de Venda Nova. No momento da prisão, o motorista confessou a autoria dos crimes e pediu desculpas a adolescentes e mulheres molestadas por ele. O suspeito trabalhava como taxista auxiliar há cinco anos. Ele está preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da Gameleira.