O julgamento dos três homens acusados de assassinar o ex-prefeito de Mariana, João Ramos Filho, de 78 anos, em 2008, foi adiado. Eles seriam submetidos a júri popular nesta quinta-feira, no 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette. No entanto, o juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes abriu a audiência e anunciou que o processo será desmembrado. O acusado Leonardo Stigert da Silva, 26, será julgado no próximo dia 10. Já Guaracy Goulart Moreira, 48, e Francisco de Assis Ferreira Carneiro, o "Chico da Farmácia", 52, vão enfrentar o banco dos réus em 28 de agosto de 2014.
O adiamento do julgamento ocorreu por quatro motivos. O advogado de defesa de Guaracy não compareceu ao júri alegando que foi constituído na terça-feira e não teve tempo de estudar o processo. O o defensor de Francisco está doente e apresentou atestado médico.
Assassinato
O crime aconteceu maio de 2008. As investigações apontaram que o assassinato foi cometido por motivações políticas. Na época, a vítima era um dos candidatos a prefeito da cidade e tinha como concorrente Chico da Farmácia. Temendo o resultado do pleito, Francisco encomendou a morte do ex-prefeito.
Conforme o processo, o carro da vítima foi abordado por dois homens que estavam em uma moto na MG-262, próximo à cidade de Mariana. O garupa sacou uma arma e atirou várias vezes contra o ex-prefeito. A polícia começou a investigar o caso como latrocínio – roubo seguido de morte – mas afastou a hipótese depois que foram encontrados R$ 1,6 mil em dinheiro no bolso da calça de João Ramos.
Os três suspeitos pelo crime foram presos nas cidades de Leopoldina e Juiz de Fora, na Zona da Mata, após dois meses de investigações. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Leonardo ficou preso Penitenciária Professor Ariosvaldo Campos Pires, em Juiz de Fora, até outubro de 2009, quando foi solto. Guaracy ficou na Penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, até novembro de 2009. Já Francisco deixou a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, em dezembro do mesmo ano.
(Com informações de João Henrique do Vale).