Jornal Estado de Minas

Após resultado negativo, homem que se diz filho de padre milionário pede outro exame

Três testes já foram feitos e por duas vezes ficou concluído que ele não é o herdeiro. Entre os bens, está uma fazenda em Paracatu avaliada em R$ 5 milhões

Em fevereiro, restos mortais do padre foram exumados - Foto: Farley Rocha/Patos Hoje
O homem que luta na justiça para comprovar que é herdeiro dos bens deixados pelo padre Roldão Gonçalves Rodrigues, falecido em agosto de 2010, teve o segundo resultado de exame de DNA negativo em três realizados. Os dois testes anteriores compararam o material genético dele com o de irmãos do padre. O primeiro foi extrajudicial, realizado por um laboratório particular de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e apontou probabilidade de mais de 99,9% de a filiação ser verdadeira. Porém, o resultado foi contestado pelo segundo, feito por ordem da Vara de Família de Patos de Minas.

A abertura do novo exame foi feita nessa terça-feira, após a exumação do corpo feita em fevereiro deste ano, no cemitério Capela das Posses, área rural de Patos de Minas. O exame foi feito em um laboratório Hermes Pardini, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os três testes foram pagos por Fabrício Augusto Nascentes, que alega ser o filho do padre. Ele trabalhava como vendedor em uma loja de motos, mas deixou o emprego para se dedicar inteiramente ao caso.

De acordo com o advogado do ex-vendedor, Cleanto Francisco Braz, uma nova requisição será feita para que outro teste seja realizado. “Acabamos de passar isso para o perito aqui de Uberlândia.
Vamos pedir uma contraprova para a justiça, já que o terceiro exame foi feito em um laboratório diferente. A família do padre tem conhecimento de todo o caso, tanto que chegou a ceder alguns bens para o Fabrício com o resultado do primeiro exame”, relatou. O advogado informou ainda que até amanhã receberá a resposta do perito se poderá ou não fazer outra análise.

Roldão Gonçalves Rodrigues trabalhou como padre capelão do Exército, onde se aposentou como tenente-coronel. Quando morreu, em 2010, a herança passou a ser disputada por irmãos e sobrinhos. Entre os bens, está uma fazenda com um casarão em Paracatu, no Noroeste de Minas, avaliada, por Fabrício, em R$ 5 milhões.

Quando o primeiro exame apresentou resultado favorável ao ex-vendedor, uma irmã do padre, entregou a Fabrício uma caminhonete e R$ 26 mil. Ele teria recebido a informação de que seria herdeiro em 2010, por meio de um homem que lhe telefonou e se identificou como sobrinho do religioso. Em seguida, a mãe de Fabrício lhe confirmou a história. .