Desde o início da paralisação dos servidores, milhares de estudantes estão sem aulas. Nesta quinta-feira, conforme dados da PBH, apenas 54 escolas municipais funcionaram normalmente. Outras 125 instituições funcionaram parcialmente e outras nove paralisaram todas as atividades. A greve também atinge as Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis). Hoje, apenas 31 funcionaram normalmente, 46 tiveram parte das atividades e outras quatro ficaram fechadas.
Na saúde, o atendimento não foi prejudicado. Os servidores municipais começaram, nesta quinta-feira, a cumprir a decisão do desembargador Edgard Penna Amorim que determina pelo menos 70% dos trabalhadores nas unidades de saúde de BH. Caso a medida seja descumprida, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), que representa a categoria, está sujeito a multa diária de R$ 20 mil por especialidade não atendida em cada regional e unidade de atendimento do município.
De acordo com a PBH, 20,4% dos funcionários da área não trabalharam nesta quinta-feira.
Greve continua
Os servidores municipais votaram pela continuidade da greve em assembleia realizada nesta manhã na Avenida Afonso Pena, no Centro da capital. A reunião dos trabalhadores aconteceu em frente ao prédio da PBH e fechou a avenida no sentido Praça Sete.
A PBH afirmou que mantém a proposta de reajuste de 7% no salário, pago em duas parcelas - uma em julho e outra em novembro. Para o vale-alimentação, prevê um acréscimo de R$1,50, o que passaria para R$ 18. Além dos reajustes no salário e no vale-refeição/vale-alimentação, a Prefeitura ofereceu um abono aos servidores, em dezembro, em quatro faixas de acordo com a remuneração, beneficiando os que ganham menos. Para os servidores que têm remuneração até R$ 1,5 mil, o abono será de R$ 600. Para salário de até R$ 2,5 mil, o abono será de R$ 400. Para remuneração até R$ 3,5 mil, o abono será de R$ 300 e quem tem remuneração de até R$ 5,5 mil, o abono será de R$ 200. O pagamento desse abono representará uma despesa ao município de R$ 20 milhões.
Professores estaduais
A greve na educação também atinge a rede estadual.
Os educadores querem negociar com o governo a pauta de reivindicações protocolada no dia 31 de janeiro deste ano. Entre os pedidos da categoria estão o reajuste salarial, progressão da carreira e a nomeação de concursados para cargos vagos.
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou, em nota, que a adesão à paralisação tem sido pequena desde o início do movimento. O percentual de professores que interromperam as atividades em nenhum momento chegou a 1%. A pasta reiterou, no documento, que as principais reivindicações apresentadas pela entidade não estão de acordo com a realidade da educação mineira. .