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Estado de Minas

Educação é o setor mais prejudicado com a greve dos servidores municipais

Nesta quinta-feira 71% das escolas da capital mineira tiveram o funcionamento prejudicado por causa da paralisação


postado em 29/05/2014 19:22

A educação é o setor que mais sofre com a greve dos servidores municipais, que estão de braços cruzados desde 6 de maio para pedir reajuste salarial. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), 71% das escolas da capital mineira tiveram o funcionamento prejudicado por causa da paralisação nesta quinta-feira. Na área da saúde, os trabalhadores respeitaram a decisão judicial e cumpriram a escala mínima de 70%.

Desde o início da paralisação dos servidores, milhares de estudantes estão sem aulas. Nesta quinta-feira, conforme dados da PBH, apenas 54 escolas municipais funcionaram normalmente. Outras 125 instituições funcionaram parcialmente e outras nove paralisaram todas as atividades. A greve também atinge as Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis). Hoje, apenas 31 funcionaram normalmente, 46 tiveram parte das atividades e outras quatro ficaram fechadas.

Na saúde, o atendimento não foi prejudicado. Os servidores municipais começaram, nesta quinta-feira, a cumprir a decisão do desembargador Edgard Penna Amorim que determina pelo menos 70% dos trabalhadores nas unidades de saúde de BH. Caso a medida seja descumprida, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), que representa a categoria, está sujeito a multa diária de R$ 20 mil por especialidade não atendida em cada regional e unidade de atendimento do município.

De acordo com a PBH, 20,4% dos funcionários da área não trabalharam nesta quinta-feira.

Greve continua

Os servidores municipais votaram pela continuidade da greve em assembleia realizada nesta manhã na Avenida Afonso Pena, no Centro da capital. A reunião dos trabalhadores aconteceu em frente ao prédio da PBH e fechou a avenida no sentido Praça Sete.

A PBH afirmou que mantém a proposta de reajuste de 7% no salário, pago em duas parcelas - uma em julho e outra em novembro. Para o vale-alimentação, prevê um acréscimo de R$1,50, o que passaria para R$ 18. Além dos reajustes no salário e no vale-refeição/vale-alimentação, a Prefeitura ofereceu um abono aos servidores, em dezembro, em quatro faixas de acordo com a remuneração, beneficiando os que ganham menos. Para os servidores que têm remuneração até R$ 1,5 mil, o abono será de R$ 600. Para salário de até R$ 2,5 mil, o abono será de R$ 400. Para remuneração até R$ 3,5 mil, o abono será de R$ 300 e quem tem remuneração de até R$ 5,5 mil, o abono será de R$ 200. O pagamento desse abono representará uma despesa ao município de R$ 20 milhões.

Professores estaduais

A greve na educação também atinge a rede estadual. Os professores entraram em greve na última semana. Nesta quinta-feira, a categoria chegou a fechar o cruzamento entre a Avenida do Contorno e a Rua Curvelo, no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte, o que deixou o trânsito complicado na região.

Os educadores querem negociar com o governo a pauta de reivindicações protocolada no dia 31 de janeiro deste ano. Entre os pedidos da categoria estão o reajuste salarial, progressão da carreira e a nomeação de concursados para cargos vagos.

A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou, em nota, que a adesão à paralisação tem sido pequena desde o início do movimento. O percentual de professores que interromperam as atividades em nenhum momento chegou a 1%. A pasta reiterou, no documento, que as principais reivindicações apresentadas pela entidade não estão de acordo com a realidade da educação mineira.


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