Jornal Estado de Minas

Repórteres do Estado de Minas ganham prêmio nacional de jornalismo

Série de reportagens %u201CMinas das cartas%u201D, de autoria dos repórteres Luiz Ribeiro e Jefferson da Fonseca Coutinho foi publicada em novembro de 2013

Luiz Ribeiro e Jefferson Coutinho recebem troféu das mãos do presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira - Foto: Américo Vermelho/Divulgação
Os Correios entregaram, em solenidade na tarde de ontem, o prêmio de jornalismo que teve como grande vencedor nacional o Estado de Minas, com a série de reportagens “Minas das cartas”, de autoria dos repórteres Luiz Ribeiro e Jefferson da Fonseca Coutinho, publicada em novembro de 2013.

A série foi vencedora na categoria jornalismo impresso regional e do Grande Prêmio Nacional. A cerimônia de entrega foi realizada no Centro Cultural dos Correios, no Centro do Rio de Janeiro, e marcou também a comemoração dos 350 anos do órgão. Os autores receberam a premiação das mãos do presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira.

Também foi premiada a jornalista Thaís Machado, com a reportagem “Encantos que resistem à internet”, publicada pelo Correio Brasiliense, dos Diários Associados. Ainda durante o evento ocorreu o lançamento do livro “O mensageiro através do tempo”, que narra a história dos 350 anos dos Correios no Brasil. Foi aberta uma exposição de fotografias, que conta com trabalhos de fotógrafos amadores e profissionais escolhidos em concurso.

Na série de reportagens publicadas em novembro, a equipe do EM apresentou três gerações de pessoas que, em tempos de smartfones, tablets e redes de amigos virtuais, mantêm laços afetivos por meio de papel, caneta e boa vontade. Em pauta, apaixonados pela escrita, como as duas Marias, velhas amigas, afastadas pelo destino e unidas pelas letras. Nas cartas da cozinheira Maria Helena, a aposentada Maria da Conceição, de 69 anos, encontrou forças para superar o “inverno na alma” longe dos familiares, na Casa do Ancião.

A reportagem revelou também a história de Lourdes Barroso, escritora de Pirapora, às margens do Rio São Francisco, que, durante a maior parte da vida, emprestou as mãos para a boa gente simples que não sabia escrever. Os repórteres chegaram às duas pontas de correspondência das mais distantes, com a freira Marieta Raimunda dos Santos, em Ibimirim, no sertão pernambucano, a 339 quilômetros do Recife.
A carmelita falou da alegria com os textos vindos do Norte de Minas, escritos pela irmã, a carteira Noêmia Raimunda dos Santos, de Juramento.

Da série vencedora “Minas das cartas” participaram ainda os fotógrafos Gladyston Rodrigues, Túlio Santos, Aparício Mansur e Solon Queiroz e o diagramador Carlos Augusto Pereira..