Quando se pensou na possibilidade de fazer, na capital mineira, uma festa italiana, poucos foram os patrocinadores e restaurantes que abraçaram o projeto. Mas, oito anos depois, a história é outra: são muitos os querem entrar para aquela que já é consagrada como uma das melhores e mais tradicionais festas de Belo Horizonte: a Festa Italiana. Neste domingo, na sua 8ª edição, o evento, segundo os organizadores, reuniu cerca de 70 mil pessoas no coração da Savassi, na Região Centro-Sul de BH, e conta com nada menos do que 80 barracas de alimentos. “No começo, foi difícil conseguir uma empresa que nos apoiasse. Hoje, com o sucesso da festa, a procura é grande por parte dos restaurantes que querem participar”, comemora o diretor da Associação Cultural Ítalo-Brasileira de Minas Gerais (Acibra), Giorgio Collina.
Ao custo de quase R$ 500 mil, a festa, segundo comenta o diretor, além de ser turística é uma integração entre as culturas brasileira e italiana. Para se ter uma barraca ali, de acordo com Collina, é necessário ser associado ao Acibra e pagar R$ 2 mil. É nesta data que se comemora o Dia da República da Itália, dia mais importante do calendário do país da tarantela. A proposta do encontro, que começou às 10h deste domingo e só termina às 22h, reunindo pessoas de todas as idades, é unir italianos, ítalos-descendentes e brasileiros numa grande confraternização.
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Leandra Almeida, de 17 anos, e Paulo Ricardo da Silva, de 24, enfrentaram quase cinco horas de estrada só para chegar a tempo de participar da festa. De Juiz de Fora, na Região da Zona a Mata, os dois amigos fazem parte do grupo Tarantolato, de dança italiana, e vieram à capital mineira para uma apresentação aos participantes do evento. “Apresentamos no Brasil inteiro e esta é uma das melhores festas. É a terceira vez que participo e, sempre que venho, vejo que se trata de uma festa de rua que impressiona pela qualidade e beleza”, comentou Paulo. A dançarina Leandra , pela primeira vez no encontro, também não poupou elogios. “Estou encantada com tudo. É fantástico”, comentou.
Organização
A mesma impressão teve a pedagoga e estudante de aviação Adriana Alves Guimarães, de 35. Ela saiu de Nova Lima, na Região Metropolitana de BH, só para apreciar a gastronomia, a música e a boa conversa com os amigos. “É a primeira vez que venho. Está tudo organizado. Estou me sentido segura e há um clima de familiaridade. A única dificuldade foi estacionar”, disse, enquanto devorava um macarrão à bolonhesa e degustava um bom vinho. “É a minha terceira vez aqui.
Esse sentimento de que há uma fatia do país da pizza na capital mineira é compartilhado pela estudante Isabella David, de 16, e sua família. Aluna da escola italiana Fundação Torino, Isabella conta que é frequentadora da festa desde quando ela começou. “Morei na Itália durante seis meses e esta festa me traz boas recordações de lá”, afirma..