Policiais federais do interior e de outros estados desembarcaram em Belo Horizonte para reforçar o time da corporação durante a Copa do Mundo. A Polícia Federal (PF) reúne agora força-tarefa de 600 agentes para atuar especificamente no campeonato de futebol, sendo que um terço deles veio de fora da capital mineira. A primeira grande prova de fogo para corporação, que tem entre as responsabilidades a segurança das delegações, ocorre depois de amanhã, quando a Seleção do Chile chega a BH. Até lá, o treinamento não para. Ontem, o Grupo de Bombas e Explosivos fez simulações em um prédio no Bairro Cidade Jardim, na Região Centro-Sul, usando robôs, roupas especiais e cães.
De acordo com o coordenador regional de Segurança de Grandes Eventos da PF, delegado Alexandre Leão, o reforço no efetivo chegou na semana passada e equipes estratégicas estão em treinamento intenso. “São 17 áreas de atuação, em um planejamento coordenado com o Brasil inteiro”, afirma. Os principais focos da corporação serão aeroportos, controle de imigração, segurança de seleções, dirigentes da Fifa e chefes de Estado. “Estamos prontos também para atuar em operações especiais, se houver crise, e na identificação de vítimas de desastres”, ressalta Leão.
A PF também está em contato direto com serviços de inteligência, inclusive internacionais, para fechar o cerco a possíveis grupos terroristas e a torcedores com histórico de violência. Outro destaque é o trabalho conjunto com a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) para receber policiais de fora do Brasil que acompanharão as torcidas durante os jogos.
SIMULAÇÃO Desde a semana passada o Grupo de Bombas e Explosivos da PF na capital mineira ganhou reforço especial de 22 policiais vindos do interior e de outros estados. “Os treinamentos semanais passaram a ser diários. Aumentamos a intensidade e a coordenação com outros órgãos. Estamos sempre em contato com a Interpol, para ter informações sobre possíveis ataques terroristas”, afirma o chefe do Grupo de Bombas e Explosivos da PF, Eduardo Kraemer Góes.
Ontem, em um prédio vazio no Bairro Cidade Jardim, na Região Centro-Sul de BH, a equipe anti-bomba fez várias simulações. Estão à disposição para uso do grupo dois robôs, três equipamentos de raios-x, quatro trajes antifragmentação, dois braços robóticos e um canhão d’água para desarmar bombas. O treinamento de ontem também contou com cães farejadores. A PF em Minas conta com cinco animais especialmente treinados para identificar a presença de bombas e explosivos.
Parte dos equipamentos usados foi adquirida para a Copa das Confederações. De acordo com Eduardo Kraemer, em junho do ano passado a equipe antibomba da PF atuou em uma ocorrência. “Estamos preparados para agir em aeroportos, prédios públicos federais e onde necessitarem de nosso apoio”, reforça. O grupo atuará em regime de plantão em duas bases, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana, e na Região da Pampulha, na capital.
Batalhão Copa de prontidão
Uma tropa motivada para entrar em campo, a pouco mais de uma semana do primeiro jogo da Copa do Mundo em Belo Horizonte. Ontem, cerca de 3 mil militares que vão trabalhar diretamente nas operações durante o evento participaram de palestra motivacional, na Arena JK, no Minas Tênis Clube (foto), com o professor e consultor Guilhermo Santiago, que instigou os participantes a buscarem o que há de melhor individualmente para que façam um bom trabalho em equipe. Antes da palestra, o comandante-geral da PM, Coronel Márcio Martins Sant’Ana, dirigiu palavras de incentivo ao grupo.