Jornal Estado de Minas

Representante comercial é preso suspeito de enganar candidatos a empregos em BH

Ele oferecia vagas com altos salários e coletava, durante uma entrevista simulada, dados bancários e pessoais das vítimas

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri
Um representante comercial foi preso na tarde desta terça-feira suspeito de enganar candidatos a empregos em Belo Horizonte.
Anderson Rogério Silva Pazini, 43 anos, anunciou vagas de motorista e auxiliar administrativo em um jornal da capital, oferecendo altos salários. A polícia descobriu que o golpista simulava entrevista com os candidatos para coletar dados pessoais, mas as vagas eram falsa.

De acordo com a Polícia Militar (PM), uma mulher desconfiou das condições oferecidas por Anderson e acionou a corporação no endereço onde funcionava um escritório temporário na Rua Riachuelo, 1.606, Bairro Padre Eustáquio, Região Noroeste de BH. No local, o suspeito fazia entrevistas com os candidatos e explicava as condições de trabalho.

As pessoas seriam selecionadas para receber salários entre R$ 2 mil e R$, 2,5 mil, um apartamento na cidade para onde seriam enviados, uma caminhonete Ranger no caso de motoristas e R$ 7 mil de adiantamento. As falsas vagas eram para cidades como Fortaleza (CE), Goiânia (GO) e Brasília (DF). Os candidatos foram iludidos pelo anúncio que saiu no último dia 31 de maio no jornal e segundo a PM, cerca de 11 vítimas foram contabilizadas no registro do boletim de ocorrência.

Conforme a PM, Anderson alegou que é representante comercial de uma empresa fora de Minas Gerais, da qual recebe comissão de R$ 180 mil.
Disse ainda que pretendia montar, com esse dinheiro, uma empresa com sede em BH, que funcionaria inicialmente no endereço da Rua Riachuelo. Nesta casa ele vivia há cerca de três meses com a companheira Andréa Machado Fonseca de Freitas, mulher que conheceu em um supermercado no Bairro Padre Eustáquio.

Andréa também foi levada para a delegacia, pois o aluguel do imóvel estava no nome dela. A mulher disse que pagava o aluguel com dinheiro de aposentadoria e não sabia de irregularidades de Anderson. Os dois foram encaminhados para a Central de Flagrantes.

As vítimas disseram ainda para os policiais que passaram para Anderson dados de conta bancária, para o suposto depósito do adiantamento que seria feito amanhã. A Polícia Civil agora vai apurar com qual intuito Anderson pegava os dados pessoais dessas vítimas, mas ele foi conduzido à delegacia pelo crime de estelionato. .