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Estado de Minas

Sexta-feira tem caos com protestos em Belo Horizonte

Trânsito foi interrompido em diversos pontos da cidade, deixando motoristas irritados. Na Nossa Senhora do Carmo, "festa junina" fechou tráfego


postado em 07/06/2014 06:00 / atualizado em 07/06/2014 08:39

Enquanto cerca de 50 pessoas fechavam o trânsito, milhares aguardavam paradas no congestionamento. PM se limitou a fazer desvios (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Enquanto cerca de 50 pessoas fechavam o trânsito, milhares aguardavam paradas no congestionamento. PM se limitou a fazer desvios (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Manifestações voltaram ontem a tumultuar o trânsito em vários pontos de Belo Horizonte, novamente sem intervenção policial capaz de minimizar os transtornos para a população. A Avenida Nossa do Carmo, no Bairro Sion, Região Centro-Sul da capital foi novamente fechada, desta vez para uma “festa junina” promovida por integrantes do Movimento Tarifa Zero. Sem motivos para se divertir, milhares de motoristas ficaram parados no trânsito, na segunda interdição do tipo em menos de um mês. Cerca de 50 manifestantes fecharam a partir das 18h10 a pista de automóveis sentido BH Shopping, em frente ao Chevrolet Hall. Em poucos minutos o tráfego já estava congestionado, principalmente para quem passava pela trincheira da Rua Grande do Norte.

O objetivo do protesto é questionar o aumento das tarifas de ônibus, no mês passado. “Acho válida as manifestações pacíficas, sem qualquer violência. Mas, não apoio quando se fecha o tráfego e a população fica impedida de circular. Muitos dos que estão presos no trânsito têm gente doente em casa, estão indo para casa porque têm crianças ou indo para o hospital”, ponderou a advogada Edméia Mourim.

O fechamento da avenida trouxe transtornos para pais e parentes que foram buscar seus filhos no Colégio Marista, como o aposentado Vicente Couri, de 76 anos. “Eu acho manisfestações válidas, desde que organizadas, que não prejudiquem o direito dos outros, principalmente o direito de ir e vir. Tive que buscar meu neto na escola e, se não fosse o policial me deixar parar em local proibido, não sei como faria para pegá-lo”, disse Couri.

Embora a justificativa do protesto seja a redução da tarifa e melhoria do transporte coletivo, usuários do transporte publico demonstravam indignação. “Isso é um absurdo! Saí de casa de manhã para trabalhar e agora na hora de voltar não consigo pegar o ônibus, por causa de todo esse transtorno. Não vejo nenhum benefício nessa manifestação”, reclamou a vendedora Célia Aparecida Miranda, de 50 anos. A consultora Vívian Oliveira, de 34 anos, aguardava no ponto da linha 3050 para o Barreiro e também repudiou o protesto. “Eles deveriam ir cobrar dos políticos. Esse tipo de protesto é desgastante para nós, que dependemos do transporte depois de um dia inteiro de trabalho”, disse Vívian.

Depois de 40 minutos da manifestação, todas as pistas sentido BH Shopping foram fechadas, incluindo as de ônibus. Policiais do Batalhão de transito procuraram criar alternativas. Uma delas foi um retorno improvisado pela pista do meio no sentido Savassi. Depois de cerca de uma hora, manifestantes liberavam apenas a passagem de ônibus no sentido BH Shopping, além de motociclistas, que tinham que empurrar seus veículos. Com direito a fogueira e bandeirolas, o grupo de manifestantes dançava quadrilha tranquilamente, enquanto motoristas e passageiros esperavam para chegar a seus destinos.

UFMG Pela manhã, um grupo de 20 estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tumultuou o trânsito em frente ao câmpus da Avenida Antônio Carlos, na Pampulha. O protesto foi contra os gastos com a Copa do Mundo e prejuízos que universitários entendem que terão com o evento. Os participantes também criticaram a qualidade do transporte com o novo sistema BRT/Move e a permanência da Força Nacional de Segurança dentro da universidade durante os jogos do Mundial. Os estudantes alternavam o fechamento da avenida nos dois sentidos, nas pistas exclusivas para ônibus e nas mistas. Não houve conflito com a PM. Portaria publicada pela Reitoria em 27 de maio anunciou o que o expediente acadêmico e administrativo do campus Pampulha estará suspenso nos dias 14, 17, 21, 24 e 28 de junho, além de 8 de julho. Em dias de jogos da seleção, as atividades se encerrarão às 12h30 na UFMG.

À noite, cerca de 100 estudantes invadiram o prédio da Reitoria e anunciaram que pretendem manter a ocupação por tempo indeterminado. A universidade informou em nota que o câmpus ficará fechado nos dias de jogos e que a segurança interna será feita pelos próprios profissionais do setor, por determinação do Conselho Universitário.

Até na estrada

Na BR-040, cerca de 300 moradores do Bairro Balneário Água Limpa, em Nova Lima, Grande BH, fecharam o trânsito por duas horas. O engarrafamento nos dois sentidos chegou a quase 20 quilômetros. De acordo com o presidente da associação dos moradores, João Batista da Costa, eles querem um redutor de velocidade ou quebra-molas para facilitar o acesso de veículos e pedestres ao bairro. A manifestação foi no km 570, das 6h15 às 8h30.


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