Seis barracas foram montadas na porta do Hospital João XXIII, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, por servidores dos hospitais da rede estadual de saúde. Os trabalhadores em greve começaram o acampamento nesta segunda-feira e vão distribuir panfletos e conversar com a população sobre o movimento, que começou em maio.
Outras atividades estão sendo realizadas em diferentes unidades da saúde. Na Fundação Hemominas, que atua em escala mínima, como nos demais hospitais, os trabalhadores vão entregar uma carta aberta contra a forma como as negociações estão sendo conduzidas. A escala mínima de atendimento está sendo mantida.
Os trabalhadores vão participar de uma nova assembleia às 10h de terça-feira no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O último encontro dos representantes da categoria e o governo do estado aconteceu na última quinta-feira. De acordo com o diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Renato Barros, o Executivo impôs o fim das greve como condição para o início das negociações. “Não nos interessa o prolongamento dessa greve, mas está faltando sensibilidade do governo, que recebeu a pauta em fevereiro”, afirma Barros.
A categoria reivindica revisão do plano de carreira, com menor tempo para promoção por escolaridade,, a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, aumento salarial de 12,5%, melhores condições para o exercício da profissão e isonomia nas gratificações das diferentes carreiras da saúde.