Para a Operação Athos foram expedidos 22 mandados de prisão preventiva, 38 de busca e apreensão e nove conduções coercitivas em Minas, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Cerca de 250 policiais estão envolvidos na ação.
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De acordo com a PF, durante as investigações, foi identificado um núcleo responsável por financiar o tráfico de drogas. A quadrilha, que era uma das principais distribuidoras de drogas do país, adquiria entorpecentes na Bolívia e no Paraguai, trazendo de avião para o interior de São Paulo. De lá, os produtos eram distribuídos pelo estado, além de Minas, Rio de Janeiro e Região Nordeste do país.
Os criminosos movimentavam milhões de reais, usando contas bancárias, serviços de doleiros e dinheiro em espécie. A lavagem de dinheiro era feita por meio de empresas de transporte de passageiros e de comércio em geral. Além de documentos falsos, a quadrilha também contava com uma rede de tráfico de influência, que ajudava na manutenção das atividades criminosas.
Investigações e bens apreendidos
Como tentativa de desarticular o poder econômico da quadrilha, algumas medidas judiciais foram tomadas, como o bloqueio de valores e ativos depositados em instituições bancárias em titularidade de 28 CPFs e quatro CNPJs. Também foram providenciados o sequestro de todos os bens imóveis e veículos em nome das mesmas pessoas físicas e jurídicas, além do bloqueio de patrimônio já identificado dos criminosos, incluindo cinco aeronaves, quatro lanchas de luxo, um jet-ski, 11 imóveis e 14 veículos. Todo esses bens foram avaliados em cerca de R$70 milhões.
A PF já apreendeu 594 quilos de cocaína (pasta base e cloridrato), cerca de uma tonelada e meia de maconha, uma pistola da marca Glock (calibre .380), munições, seis veículos, um caminhão, R$203.695, 390.228 dólares, tendo prendido em flagrante 16 pessoas e detido uma, por transporte de numerário advindo do tráfico de drogas.
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