Um golpe na maior organização criminosa de tráfico internacional de drogas investigada pela Polícia Federal em Minas Gerais nos últimos anos. Foi dessa forma que o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PF, Paulo Henrique Barbosa, caracterizou a quadrilha desarticulada ontem, cuja maior presença está em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Os traficantes faturavam cerca de R$ 20 milhões por mês, segundo estimativas da polícia, já que o esquema distribuía duas toneladas de cocaína por mês a R$ 10 mil cada quilo. Dezessete pessoas foram presas, incluindo 12 em Juiz de Fora e duas em Belo Horizonte. Outros dois alvos de mandado de prisão preventiva já estavam detidos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.
“A droga vinha da Bolívia e passava pelo Paraguai, Triângulo Mineiro e interior de São Paulo antes de chegar à Zona da Mata. De Juiz de Fora, seguia principalmente para o Rio de Janeiro e o Nordeste”, informou o gerente operacional do Setor de Inteligência da PF, Alexandre Mees. Além das prisões, a PF conseguiu junto à Justiça o confisco de R$ 70 milhões em bens do grupo, marcado pelo alto padrão de vida e ostentação de imóveis, carros, aviões e lanchas de luxo.
A investigação começou há cerca de seis meses. Segundo o delegado da PF de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Carlos Henrique Cotta Dângelo, o inquérito é fruto de uma informação obtida pelos agentes no ano passado. “Tivemos uma série de ocorrências com aeronaves do tráfico aqui no Triângulo. Com base nisso, foi repassada a informação de um grupo que agia em Juiz de Fora”, disse o policial. Esse núcleo sediado na Zona da Mata mineira, segundo a PF, recebia a droga que chegava de duas rotas. Uma delas saía da Bolívia passando pelo interior de São Paulo. Antes de chegar aos arredores da cidade paulista de Aguaí, a droga também podia passar pelo Paraguai, sempre usando aeronaves no transporte. De São Paulo, a cocaína seguia para Juiz de Fora pelas rodovias do país. “Outra possibilidade era seguir direto da Bolívia de avião até o Triângulo Mineiro, para depois terminar o caminho de carro até Juiz de Fora”, afirma Alexandre Mees.
BENS Na cidade mineira, um laboratório de preparo e manuseio de drogas foi estourado ontem pelos policiais, que também encontraram no local cerca de R$ 1 milhão em cheques. Na lista de bens bloqueados pela Justiça está uma cobertura em Juiz de Fora avaliada em R$ 1,5 milhão. Segundo as investigações, o núcleo mineiro da quadrilha, radicado na cidade, usava agências de compra e venda de veículos para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas.
No interior de São Paulo, foi constatada a atividade de transporte de passageiros para garantir a lavagem da quantia arrecadada de forma ilícita. Além dos núcleos responsáveis por transportar e preparar a droga para revenda, a PF verificou também a presença de financiadores, pessoas que injetavam dinheiro no esquema para obter lucros de modo fácil e rápido. Uma dessas pessoas, procurada em São Paulo, esteve envolvida em uma fraude bancária recente e teve rendimentos que totalizaram R$ 120 milhões em um ano.
Além das 17 prisões de ontem, a PF já tinha capturado outros 16 envolvidos no esquema, todos em flagrante, durante o curso das investigações. Um dos próximos passos é abrir um inquérito para investigar especialmente a lavagem de dinheiro, além de continuar a caça aos foragidos para prender todos os alvos da operação. Três pessoas ainda não foram localizadas. As investigações apontam que o grupo usava documentos falsos e contava com uma importante rede de tráfico de influências para garantir a manutenção das práticas ilícitas.
“A droga vinha da Bolívia e passava pelo Paraguai, Triângulo Mineiro e interior de São Paulo antes de chegar à Zona da Mata. De Juiz de Fora, seguia principalmente para o Rio de Janeiro e o Nordeste”, informou o gerente operacional do Setor de Inteligência da PF, Alexandre Mees. Além das prisões, a PF conseguiu junto à Justiça o confisco de R$ 70 milhões em bens do grupo, marcado pelo alto padrão de vida e ostentação de imóveis, carros, aviões e lanchas de luxo.
A investigação começou há cerca de seis meses. Segundo o delegado da PF de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Carlos Henrique Cotta Dângelo, o inquérito é fruto de uma informação obtida pelos agentes no ano passado. “Tivemos uma série de ocorrências com aeronaves do tráfico aqui no Triângulo. Com base nisso, foi repassada a informação de um grupo que agia em Juiz de Fora”, disse o policial. Esse núcleo sediado na Zona da Mata mineira, segundo a PF, recebia a droga que chegava de duas rotas. Uma delas saía da Bolívia passando pelo interior de São Paulo. Antes de chegar aos arredores da cidade paulista de Aguaí, a droga também podia passar pelo Paraguai, sempre usando aeronaves no transporte. De São Paulo, a cocaína seguia para Juiz de Fora pelas rodovias do país. “Outra possibilidade era seguir direto da Bolívia de avião até o Triângulo Mineiro, para depois terminar o caminho de carro até Juiz de Fora”, afirma Alexandre Mees.
BENS Na cidade mineira, um laboratório de preparo e manuseio de drogas foi estourado ontem pelos policiais, que também encontraram no local cerca de R$ 1 milhão em cheques. Na lista de bens bloqueados pela Justiça está uma cobertura em Juiz de Fora avaliada em R$ 1,5 milhão. Segundo as investigações, o núcleo mineiro da quadrilha, radicado na cidade, usava agências de compra e venda de veículos para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas.
No interior de São Paulo, foi constatada a atividade de transporte de passageiros para garantir a lavagem da quantia arrecadada de forma ilícita. Além dos núcleos responsáveis por transportar e preparar a droga para revenda, a PF verificou também a presença de financiadores, pessoas que injetavam dinheiro no esquema para obter lucros de modo fácil e rápido. Uma dessas pessoas, procurada em São Paulo, esteve envolvida em uma fraude bancária recente e teve rendimentos que totalizaram R$ 120 milhões em um ano.
Além das 17 prisões de ontem, a PF já tinha capturado outros 16 envolvidos no esquema, todos em flagrante, durante o curso das investigações. Um dos próximos passos é abrir um inquérito para investigar especialmente a lavagem de dinheiro, além de continuar a caça aos foragidos para prender todos os alvos da operação. Três pessoas ainda não foram localizadas. As investigações apontam que o grupo usava documentos falsos e contava com uma importante rede de tráfico de influências para garantir a manutenção das práticas ilícitas.