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Estado de Minas

Agressão a argentino acende alerta para a proteção de estrangeiros na Copa

Argentino afirma ter sido agredido em BH e mexicana relata furto em avião. PM pede hospitalidade


postado em 12/06/2014 06:00 / atualizado em 12/06/2014 07:03

Ruben Lucero teve um dedo quebrado pelos rapazes que o agrediram(foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)
Ruben Lucero teve um dedo quebrado pelos rapazes que o agrediram (foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)
Em meio ao clima de festa para os turistas que chegam a BH para assistir os jogos da Copa do Mundo, dois episódios acenderam o alerta para a proteção aos estrangeiros durante o Mundial. Em um dos casos, o torcedor argentino Ruben Francisco Lucero, de 34 anos, teve um dedo da mão quebrado por homens que tentaram arrancar a bandeira que ele carregava, na noite de terça-feira. Ontem, uma mexicana que vinha de Miami (EUA), com destino ao Rio de Janeiro, registrou ocorrência de furto de dinheiro no interior do avião quando fazia conexão no aeroporto de Confins. À Polícia Federal (PF), a estrangeira disse que levaram R$ 1.435 que estavam em sua bolsa. A Polícia Militar (PM) considerou os episódios isolados, reafirmou ter totais condições de garantir a proteção a estrangeiros, mas fez apelo à população para garantir a hospitalidade aos torcedores de outros países.

Enquanto era atendido no Hospital de Pronto Socorro João XXIII,  Ruben Lucero, que mora há três anos em BH, onde trabalha como auxiliar de produção, contou que foi agredido em um carro, em companhia da mulher, Junia Paula da Silva,  da filha de 2 anos e de um amigo, anteontem. Eles deixaram o Bairro Nova Cintra, na Região Oeste da capital, por volta das 18h, para levar Junia ao Hospital Odilon Behrens, onde ela participaria de um curso. O amigo era o motorista. Ruben estava no banco de passageiros e a mulher e a criança viajavam no banco traseiro.

Quando passavam pela Rua Conde Pereira Carneiro, no Bairro Gameleira, o trânsito ficou lento. “Pus a bandeira da Argentina para fora e cantei algumas músicas, assim como um grupo de colombianos acabara de fazer, tudo em um clima de paz”, contou Ruben. Foi nesse momento que três rapazes se aproximaram do carro e atacaram o argentino. Ele lembra que um dos homens chegou a colocar parte do corpo para dentro do carro para puxar a bandeira. “Eles usavam mochilas, o que deu a impressão de que pareciam estudantes”, afirma.

Os três homens ainda não foram identificados pela polícia, pois Lucero só deve registrar queixa hoje, depois de receber alta do HPS, onde foi submetido a uma cirurgia para redução da fratura. Ele não escondeu a decepção e a revolta com a agressão. “Será que não posso carregar a bandeira do meu povo sem ser agredido?”, disse. O ataque que sofreu deve antecipar a volta ao seu país. Ele pretendia retornar no fim do ano, mas já pensa em ir embora logo após a Copa, em companhia da mulher e da filha.

No caso da mexicana, a PF também não identificou o autor do crime. Segundo nota da polícia, a mulher contou ter deixado a bolsa no assoalho da aeronave, durante o voo. No momento do desembarque, notou que bagagem havia desaparecido. Ela registrou ocorrência na unidade da PF em Confins. A investigação vai continuar.

De acordo com o comandante do Batalhão Copa, tenente-coronel Hércules de Paula Freitas, foi montado um minucioso esquema  de proteção aos estrangeiros. A PM estará presente em locais estratégicos, além de distribuir cartilhas com dicas de segurança. “É impossível estar em todos os pontos. Temos nossa estratégia, mas contamos com a participação da população na boa recepção aos turistas”, afirmou o tenente-coronel.

 


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