Um estabelecimento que funcionava como ponto de exploração sexual foi descoberto pela Polícia Civil e três suspeitos de administrar o local estão presos em Belo Horizonte. Os proprietários, José Carlos Souza Sá e Maria de Souza Sá, que são irmãos, e o gerente, Marcos Robeiro, foram apresentados nesta quinta-feira, na capital.
Investigado há cerca de 15 dias, o trio foi preso na terça-feira, depois de denúncias anônimas. Durante o flagrante, havia aproximadamente 15 garotas disponíveis para programas e quatro casais em quartos separados. O prostíbulo fica na Rua Mato Grosso, no Bairro Santo Agostinho, Centro-Sul de BH.
Segundo as investigações, o estabelecimento funcionava desde 1998 e tem como clientes homens de classe média alta sem faixa etária fixa. A maioria é casada. Alguns deles frequentavam o local em horário comercial e usavam um cartão de um lava-jato para a divulgar o prostíbulo sem levantar suspeita.
Já as garotas têm idades entre 18 e 25 anos e eram atraídas pelos proprietários para o local por meio de anúncios em páginas de classificados com a promessa de bons ganhos financeiros. A casa cobrava R$ 60 dos clientes de entrada e R$ 270 por programa. Do valor do serviço, as menias ficavam com R$ 150 e o resto era destinado ao alguel dos quartos.
No estabelecimento, os homens aguardam as moças na recepção e, depois, eles acessavam a área do scoth bar, onde as mulheres se apresentavam aos clientes. Em seguida, eles escolhiam as suas respectivas preferidas.
A delegada Cristiane Ferreira Lopes, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), explicou que a prática de prostituição não é crime, mas sim a exploração sexual.
O suspeitos vão responder pelos crimes de atrair pessoa para prostituição, manter casa de prostíbulo e tirar proveito da prostituição alheia. Se condenados, eles podem pegar até 15 anos de prisão. Eles negam a prática criminosa e dizem que o local funciona como bar e motel.