A abertura da Copa do Mundo foi marcada por protestos na capital mineira, inclusive com atos violentos. Pelo menos 11 pessoas foram detidas e uma adolescente apreendida, segundo nota divulgada pelas Polícias Militar e Civil de Minas Gerais na noite desta quinta-feira. No entanto, o número pode subir para 12, já que informações ainda não confirmadas pela polícia dão conta que uma jornalista do MÍdia Ninja, movimento independente que transmite os protestos no país, também encaminhada para a delegacia.
Segundo a polícia, os detidos foram flagrados praticando atos de vandalismo na região central de Belo Horizonte, entre eles dois suspeitos de participar da depredação de uma viatura da Polícia Civil, na Avenida João Pinheiro. Imagens do momento do vandalismo estão sendo aguardadas para comprovar a participação deles. Entre os detidos também estão um médico, um engenheiro de automação e uma enfermeira. Na Praça Sete, antes mesmo do confronto entre os manifestantes e a PM, outros dois homens foram flagrados com socos-ingleses.
Durante a manifestação, um capitão da Polícia Militar ficou ferido após ser atingido por uma pedra atirada pelos vândalos. Ele foi socorrido no Hospital da Polícia Militar (HPM) e já foi liberado.
Protestos
A manifestação começou no início da tarde de forma pacífica. Aproximadamente 200 pessoas fecharam os cruzamentos das avenidas Amazonas e Afonso Pena por cerca de duas horas. Em seguida, caminharam em direção a Praça da Liberdade. O grupo parou em frente à sede da Prefeitura de Belo Horizonte onde picharam os muros do imóvel.
A situação ficou tensa quando o grupo subiu a Avenida João Pinheiro e chegou na Praça da Liberdade. No local, a tropa de choque da PM protegeu o relógio da Copa. Jovens mascarados atiraram pedras contra os militares que revidaram com tiros de balas de borrachas e bombas de efeito moral.
Foi neste momento que começou a quebradeira. Jovens mascarados atacaram os prédios do INSS e da biblioteca pública. A ousadia dos vândalos impressionaram quem passava pela Região Centro-Sul de BH. Eles entraram no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MG) e viraram uma viatura da Polícia Civil. Bicicletas que estão expostas para aluguel também foram danificadas. Algumas agências bancárias também foram destruídas.
Os manifestantes detidos são acompanhados pela advogada Cínthia Ribeiro de Freitas, procuradora estadual de prerrogativas da Ordem de Advogados do Brasil (OAB), e de Juliana Marques Petrucelli, assessora da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.