O secretário de Defesa Social de Minas Gerais, Rômulo Ferraz, voltou a reforçar que a polícia não vai tolerar vandalismo durante as manifestações na Copa. No primeiro dia de mundial, um grupo destruiu comércios e uma viatura na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em entrevista na TV, ele afirmou que daqui para frente não haverá tolerância. "Vamos ter que ajustar para endurecer o jogo”, afirmou.
Nessa quinta-feira, um protesto que começou pacífico na Praça Sete se deslocou para a Avenida João Pinheiro até a Praça da Liberdade de forma violenta. O secretário disse que a PM agiu “dentro da proporção devida”, inclusive com o uso de bala de borracha. No entanto, reforçou que ações serão tomadas para evitar novos tumultos.
“Necessitamos já para o jogo de amanhã e para os que virão nos próximos 30 dias fazer ajustes para que haja mais mobilidade da Polícia Militar e mais celeridade na chegada no momento de destruição de patrimônio.
Ferraz destacou as 15 prisões na manifestação como resultado positivo e disse que o número vai aumentar com novas ações da PM. O secretário falou ainda que alguns grupos não estão atuando como manifestantes, pois já saem às ruas mascarados para promover destruição.
Segundo o secretário, as mobilizações vistas no ano passado - que chegaram a reunir 50 mil pessoas em passeatas, inclusive com a presença de famílias - não ocorrerão este ano. Para ele, os protestos agora estão sendo organizados por pequenos grupos, que muitas vezes já vão paras as ruas determinados a agir violentamente.
Reunião
Segundo o secretário, na manhã desta sexta-feira os comandos da PM vão se reunir para avaliar o primeiro dia de Copa e fazer ajustes para reprimir o vandalismo. De acordo com Ferraz, 12 mil policiais militares estão envolvidos nos trabalhos na capital.
Susto dentro de casa
No dia seguinte aos atos de vandalismo no entorno da Praça da Liberdade, comerciantes e moradores contabilizaram os prejuízos causados principalmente por pedras em vidraças. A empresária Mariana Silva Costa, 60 anos, moradora do Edifício José Lima Guimarães, na Avenida João Pinheiro, 650, ficou estarrecida com o que aconteceu nas janelas de seu apartamento. “Minha filha estava em casa na hora e escutou vários estrondos. Ela ficou em estado de choque. Os cacos de vidro se espalharam pela minha sala”, diz ela. (Guilherme Paranaíba)