Jornal Estado de Minas

Banco, CDL e Detran-MG contabilizam prejuízos do vandalismo em protesto

A ruas da Região Centro-Sul de BH amanheceram tomadas por estilhaços de vidros, pedras e pedaços de ferro que foram usadas como armas pelos envolvidos na confusão

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri Guilherme Paranaiba

Agência do Santander na esquina da Rua Bernardo Guimarães com Avenida João Pinheiro ficou destruída - Foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press

A Região Centro-Sul de Belo Horizonte amanheceu com rastros da destruição deixada por vândalos na quinta-feira durante o primeiro protesto na Copa do Mundo. A ruas estavam tomadas por estilhaços de vidros, pedras e pedaços de ferro que foram usadas como armas pelos envolvidos na confusão.

O prejuízo maior foi para a agência do Santander na esquina da Rua Bernardo Guimarães com Avenida João Pinheiro. O banco amanheceu completamente com tapumes porque todos os vidros foram arrebentados. As sedes da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e do Detran-MG, na João Pinheiro, também foram alvo de pedras.

“Mesmo após inúmeras reuniões com o poder público, as polícias não conseguiram deter os atos de vandalismo”, afirmou o presidente da CDL/BH, Bruno Falci. Para ele, o estado precisa agir de forma eficaz para evitar que atos como esses e os ocorridos durante a Copa das Confederações, em junho de 2013, ocorram novamente.

“Apoiamos as manifestações em Belo Horizonte e em todo o país, e que elas ocorram de forma pacífica e civilizada”, afirmou.

“Mas repudiamos qualquer forma de confronto e depredação ao patrimônio público e privado”, finalizou o presidente da CDL/BH. Ao setor de comércio, a Câmara recomendou que em caso de manifestações onde ocorram confrontos, fechem imediatamente os estabelecimentos.

Veja as fotos do dia seguinte ao protesto


Nessa quinta-feira, um protesto que começou pacífico na Praça Sete se deslocou para a Avenida João Pinheiro até a Praça da Liberdade de forma violenta. O secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz, disse hoje que a PM agiu “dentro da proporção devida”, inclusive com o uso de bala de borracha. No entanto, reforçou que ações serão tomadas para evitar novos tumultos. “Vamos ter que ajustar para endurecer o jogo”, afirmou.

 

Assista aos vídeos da manifestações de ontem


Balanço de presos


A Polícia Militar (PM) divulgou novo balanço com o número de presos em Belo Horizonte na manifestação. São 11 adultos e uma adolescente envolvidos com atos de vandalismo na Avenida João Pinheiro, além de quatro detidos por não acatarem a ordem para dispensar na Praça da Estação. Segundo a corporação, os quatro agrediram policiais com pedras.

Um dos homens presos por vandalismo, que participou da destruição da viatura da Polícia Civil, é reincidente e já havia sido detido no ano passado durante protesto na capital, no Dia da Independência. .