A Região Centro-Sul de Belo Horizonte amanheceu com rastros da destruição deixada por vândalos na quinta-feira durante o primeiro protesto na Copa do Mundo. A ruas estavam tomadas por estilhaços de vidros, pedras e pedaços de ferro que foram usadas como armas pelos envolvidos na confusão.
O prejuízo maior foi para a agência do Santander na esquina da Rua Bernardo Guimarães com Avenida João Pinheiro. O banco amanheceu completamente com tapumes porque todos os vidros foram arrebentados. As sedes da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e do Detran-MG, na João Pinheiro, também foram alvo de pedras.
“Mesmo após inúmeras reuniões com o poder público, as polícias não conseguiram deter os atos de vandalismo”, afirmou o presidente da CDL/BH, Bruno Falci. Para ele, o estado precisa agir de forma eficaz para evitar que atos como esses e os ocorridos durante a Copa das Confederações, em junho de 2013, ocorram novamente.
“Apoiamos as manifestações em Belo Horizonte e em todo o país, e que elas ocorram de forma pacífica e civilizada”, afirmou.
Nessa quinta-feira, um protesto que começou pacífico na Praça Sete se deslocou para a Avenida João Pinheiro até a Praça da Liberdade de forma violenta. O secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz, disse hoje que a PM agiu “dentro da proporção devida”, inclusive com o uso de bala de borracha. No entanto, reforçou que ações serão tomadas para evitar novos tumultos. “Vamos ter que ajustar para endurecer o jogo”, afirmou.
Balanço de presos
A Polícia Militar (PM) divulgou novo balanço com o número de presos em Belo Horizonte na manifestação. São 11 adultos e uma adolescente envolvidos com atos de vandalismo na Avenida João Pinheiro, além de quatro detidos por não acatarem a ordem para dispensar na Praça da Estação. Segundo a corporação, os quatro agrediram policiais com pedras.
Um dos homens presos por vandalismo, que participou da destruição da viatura da Polícia Civil, é reincidente e já havia sido detido no ano passado durante protesto na capital, no Dia da Independência. .