O vereador Edvaldo Antunes Lopes (PSDC), que mora em Barreiro Branco, disse que desde 5 de junho, último dia de trabalho da médica cubana, os cerca de 1.5 mil habitantes do lugarejo estão sem atendimento médico. Conforme Edvaldo, a expectativa é que nos próximos dias, caso Flora Olga não retorne ao Programa Mais Médicos, a Prefeitura de Catuti venha providenciar um outro profissional. Enquanto isso não acontece, os moradores estão sendo obrigados a deslocar 20 quilômetros até a sede do município para conseguir atendimento.
O Ministério da Saúde informou que na última quarta-feira expediu notificação endereçada a Flora Olga dando 48 horas a médica cubana para se apresentar ou manifestar alguma justificativa pela sua ausência do município incluído no Mais Médicos, sob risco de desligamento automático do programa. O prazo terminaria nesta sexta-feira e até o final da tarde ainda não havia notícia sobre o paradeiro de Flora. Antes do desaparecimento dela, o programa do governo federal foi abandonado por 14 cubanos, sem justificativa, desde que começou no segundo semestre de 2013. Segundo o Ministério da Saúde, o Mais Médicos conta com 11,1 mil profissionais do país. O governo brasileiro paga R$ 10 mil por mês para cada médico.
Conforme o secretário municipal de Saúde de Catuti, Orlando Machado, a médica Olga Flora Fleitas deixou a cidade na manhã do dia 6, quando viajou em um táxi até Montes Claros dizendo que iria participar de um encontro sobre o Mais Médicos. “Mas, descobrimos que não aconteceu nenhuma reunião sobre o programa naquela data”, afirmou Machado. Ainda segundo ele, Flora Olga se hospedou em um hotel em Montes Claros. No sábado, dia 7, ela deixou o hotel, dizendo que iria viajar, mas não revelou o destino e não foi mais vista..