Eles vieram de Bogotá, Cáli, Medellín e outras cidades colombianas. Alguns enfrentaram mais de 30 horas de viagem graças a diversas conexões, mas nada abalou a alegria dos hermanos que chegaram esta manhã para assistir à partida entre o país natal e a Grécia, primeiro confronto do Mundial em Belo Horizonte. Os gregos apareceram em número bem menor, mas fizeram-se notar enfeitados com as cores branca e azul, cantando o hino natal e abraçando os rivais, em uma demonstração de cortesia e civilidade.
A manhã de Confins foi enfeitada de amarelo, vermelho e azul, cores com as quais Bibiana Angel fez questão de pintar o rosto da filha, Camila, de 7 anos. Ela e o marido vieram de Bogotá com a família para assistir os três jogos da Colômbia na primeira fase. "Se passarmos para as oitavas-de-final, seguiremos a equipe. Ainda não compramos a passagem de volta", afirmam. Jaime Ospino e o filho, Andreas, também desembarcaram cedo. "Há 16 anos a Colômbia não participa de uma copa. Nem acreditamos em um título, mas viemos para dar força ao nossos craques e para curtir as maravilhas do Brasil".
Minoria do barulho
Poucos grupos de gregos desembaracaram em Confins nesta manhã, mas ainda assim a presença deles não passou despercebida. Neo Tsangariedes, 37 anos, esperava assistir à vitória de sua seleção além de divertir-se com "pessoas bonitas e very friendly (muito amáveis)", como afirmou. Outro grego, o marinheiro Teodoro Andreades, 29, avisa às moças da cidade que está solteiro e que espera fazer festa pelo futebol, além de conhecer as praias brasileiras e experimentar bastante caipirinha. Receio de manifestações ou problemas de segurança? De jeito nenhum. "Na Grécia também temos muitos protestos e acreditamos que o povo brasileiro nos receberá de braços abertos", acredita.
Às 11h30, a turma de parentes dos jogadores da Colômbia desembarcou. Lina Marcela Quiceno, mulher do jogador Alexander Mejia, camisa 15 daquela Seleção, estava entre as mais animadas do grupo. "Chegamos agora de São Paulo e voltaremos para lá com a primeira vitória na bagagem". Sobre as impressões do Brasil, ela disse estar muito à vontade. "A torcida é muito animada, faz muita festa".
Por falar em impressão, o aeroporto de Confins recebeu os turistas sem maiores inconvenientes. As reformas não causaram tumulto e não houve registro de sequer uma ocorrência policial, segundo informações do sargento Alcântara, lotado no Batalhão da Copa. Também não houve tumulto relacionado a transporte clandestino. "A fiscalização está em cima", informou o policial. Vale lembrar que há um terminal de ônibus especiais operando em Confins que leva os turistas diretamente para o Mineirão. Já quem preferir os táxis credenciados paga a média de R$ 100 do aeroporto até o estádio. A corrida para a região central da cidade fica em R$ 117.