Pedro Rocha Franco e Ivan Drummond
Argelinos e belgas se rivalizam hoje, em campo, no grupo H da Copa do Mundo. Do lado de fora do Mineirão, pelas ruas de Belo Horizonte, eles enfrentam a mesma dificuldade: a língua. Moradores dos dois países têm o francês como idioma oficial, e não o espanhol, como os colombianos, o que permitiria um diálogo mais fácil, mesmo que na base do embromation. Quem não dominar pelo menos o inglês enfrenta desafios. No Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, por exemplo, no balcão de informações, os auxiliares dominam inglês, português, espanhol, alemão e italiano, não o francês.
Outros auxiliares espalhados pelo terminal de passageiros dizem ter conseguido se comunicar em inglês e, quando o turista não falava o idioma, o que não era raro, a saída eram as mímicas. O argelino Djanel Aidomni contou com a ajuda de um compatriota que mora no Brasil para se comunicar. Ele conheceu Honas Belna e sua esposa pernambucana, Ivânia Santos, no aeroporto.
A situação de Ludo Rollenberg foi ainda mais complicada.
JUNTOS POR BH
Próximo ao coreto da Praça da Liberdade, argelinos e belgas estão juntos. Tiram fotos e cantam. Os africanos são mais agitados: “Um, dois, três/Viva Argélia…”. Não param em momento algum. Bouchair Aymen, Moussaoui Djamel são os responsáveis por juntar as pessoas, conterrâneos ou belgas, para que o amigo Elias Filali registre o momento. Roland de Biolley, Gaetan Mertens e Joel Pinto vieram da Bélgica e se enturmaram. Cada um puxa a sardinha para o seu lado, mas têm algo em comum além do idioma: a confiança em sua seleção.
“Chegamos aqui há dois dias e ficamos fascinados com este lugar.
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