Jornal Estado de Minas

Invasão colombiana à Belo Horizonte deve continuar até o fim da Copa

Dezenas de milhares de colombianos chegaram à capital mineira para a estreia do país natal na Copa. Vários deles permanecem

Celina Aquino
Tatiana de Roux, Jésus e Said Idrobo elogiaram as beleza da região da Lagoa da Pampulha - Foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press

A poucos metros, a bola rolava no Mineirão. Mas os colombianos não estavam interessados nos lances do jogo entre Bélgica e Argélia. Muitos aproveitam a tarde ensolarada para conhecer um dos mais famosos pontos turísticos de Belo Horizonte, a Lagoa da Pampulha. O lugar foi um dos que mais encantaram os sul-americanos, que vieram à capital mineira para acompanhar o primeiro confronto da Seleção Colombiana na Copa do Mundo. Alguns devem permanecer até o fim da competição. Os visitantes, que fizeram questão de exibir as cores da bandeira da Colômbia durante o passeio, estão apaixonados pela cidade e também elogiaram a hospitalidade dos mineiros, a comida e até o transporte público.

Vinda de uma pequena cidade na Colômbia, a socióloga Irina Cuesta Astroz, de 25 anos, tinha dois objetivos com a viagem a BH: visitar o irmão e assistir à estreia do seu time. Há 15 dias na capital, a jovem gostou do clima daqui, que é mais agradável, e achou o transporte público muito eficiente. A colombiana se deslocou de ônibus e metrô para vários lugares e não ficou perdida nem uma vez.
“O idioma complica porque não falo português e ninguém entende espanhol. Todos preferem conversar em inglês”, destaca a colombiana, acompanhada do namorado, o engenheiro de sistemas Andres Felipe Aguirre, de 24. “Eu chorei. É um sonho realizado ver a minha seleção ganhar de 3x0 no mundial”, conta o turista, impressionado com a festa dos colombianos na Praça da Savassi depois da vitória. O casal está com ingressos comprados para os dois próximos jogos no Mineirão.

AMIGOS
Cinco amigos de Bogotá passaram por uma situação desagradável. Enquanto se divertiam em um bar na Savassi, ladrões quebraram o vidro do carro alugado e levaram uma bolsa com passaporte e câmera fotográfica. Apesar do susto, eles garantem que vão levar apenas boas recordações da capital mineira. “Não vou esquecer a hospitalidade. O povo é muito amável e comunicativo”, observa o administrador Hugo Camacho, de 43. “Belo Horizonte me surpreendeu. Vendo com os olhos de arquiteto, é muito interessante conhecer uma cidade planejada”, acrescenta o colombiano Jorge Vinasco, de 48. Depois de visitar o Rio de Janeiro, os amigos estarão em Brasília e Cuiabá para assistir aos jogos da Colômbia. A vontade é de viver por aqui, mas eles prometem voltar em breve com as famílias a Minas Gerais.

A família Idrobo ainda tem uma semana em BH.
Por enquanto, eles estão admirados com a cidade. “A arquitetura da cidade é muito linda. Também gostei de conhecer a Praça da Liberdade e Centro Administrativo”, ressalta o advogado Said Idrobo, de 56, diante da Igrejinha da Pampulha. Para o filho, o estudante Jésus Idrobo, de 29, o melhor daqui é a cachaça. “É refrescante”, resume. Ele amou a caipirinha e estava ansioso para almoçar em um restaurante de comida típica mineira, onde experimentaria de tudo. Já a profissional de relações internacionais Tatiana de Roux, de 29, namorada de Jésus, elogia a simpatia dos mineiros. “Fomos bem recebidos quando pedimos informações. As pessoas são muito amáveis.”

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