O grupo Oncomed, que arrematou o prédio em 2009, pretende transformá-lo num hospital oncológico com a ampliação de 50% em relação à edificação existente, que tem área de 22,9 mil metros quadrados. Em 2011, o CDPH-BH aprovou expansão para 34,2 mil metros quadrados e, agora, a tentativa dos empreendedores é de conseguir permissão para construir projeto de 36,7 mil metros quadrados.
Os moradores do Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, estão apreensivos. “Um belo projeto não pode superar a ilegalidade plantada na Serra do Curral e o empreendimento traz impactos além do visual, como de trânsito”, afirma o advogado Arthur Villamil. Representante da Associação dos Moradores do Bairro Mangabeiras, o engenheiro civil Marcelo Marinho reforça: “Não estamos em defesa do antigo prédio, mas da visibilidade da Serra do Curral, bem tombado desde 1960”, afirma. Por causa dos questionamentos, um dos conselheiros, Leonardo Castro, secretário municipal adjunto de Planejamento Urbano, pediu vistas do processo, para que possa ser mais discutido.
Há parecer favorável por parte da relatora do processo no conselho, a superintendente do Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Michele Arroyo. “O ideal seria a demolição de tudo, mas não é uma decisão que cabe ao conselho.