Jornal Estado de Minas

Mineiros elegem os turistas mais simpáticos que chegaram para a Copa em BH

Funcionários do aeroporto de Confins consideram os colombianos os mais alegres de todos os estrangeiros que já passaram pelo terminal durante a Copa, mas reclamam de pouca gorjeta

Jorge Macedo - especial para o EM

"A gente até entende o que eles falam, mas nada que uma mímica não resolva", - Bruna Rodrigues, funcionária de um quiosque de sandálias - Foto: Beto Novaes/EM/DA Press



Se houvesse uma taça para os turistas estrangeiros mais simpáticos da Copa do Mundo 2014 no Brasil, o troféu iria para os colombianos. Pelo menos essa seria a escolha de funcionários e prestadores de serviços do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O terminal aéreo é a principal porta de entrada e saída dos estrangeiros no estado, e ontem eles não paravam de chegar para o jogo de Argentina e Irã, hoje, no Mineirão. “Os colombianos são os mais alegres, puxam mais conversa com a gente. Sempre sorridentes. Às vezes, é mais fácil lidar com estrangeiros do que com brasileiros”, conta Emanuele Oliveira, de 24 anos, funcionária de uma cervejaria no aeroporto.

A balconista de lanchonete Carolina Carla Costa, de 20, tem a mesma opinião. “A gente entende melhor o que os colombianos falam. São divertidos”, comentou.
Por outro lado, segundo ela, não há estrangeiro bom de gorjeta. “Só mesmo os brasileiros para deixar um dinheirinho extra”, brincou a balconista.

Bruna Rodrigues Alves Curi trabalha em um quiosque de uma marca de sandálias que é sucesso no exterior. Ela também daria o troféu para os colombianos. “Eles compraram sandálias para a família inteira, até 15 pares de uma vez. Mas não deixam nenhuma gorjeta. A gente até entende os que eles falam, mas nada que uma mímica não resolva”, comentou.

Delciane Diniz e Raul Borned são funcionários de uma agência de turismo e também gostaram mais dos colombianos. “São super simpáticos. Atendi um que era muito carismático. Ele queria um voo para o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e não tinha. Mas ele esperou pacientemente e sempre alegre”, disse Delciane. O colega Raul disse que os colombianos reclamaram apenas dos preços cobrados em Belo Horizonte, consideraram altos demais, e queriam hospedagem mais em conta em Brasília. “Os iranianos são os mais fechados.
Chegam e nem dão bom dia para a gente”, reclama Raul.

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