De acordo com o TRT, o vigia entrou com ação na Justiça alegando que se desentendeu com o sócio da empresa de segurança que presta serviços ao supermercado. Segundo o empregado, o chefe o agrediu com um empurrão e um tapa, mas logo depois rasgou a própria camisa para simular que também teria sido agredido.
Os advogados da empresa alegaram, durante o processo, que o empregado foi o agressor. A empresa disse que a briga começou depois de o patrão determinar que o vigia acionasse a iluminação do supermercado.
Ao analisar as provas, o magistrado constatou que o vigia contou a verdade. A versão dele foi confirmada por um cliente do supermercado que assistiu ao episódio. Outras testemunhas arroladas no processo foram desconsideradas, pois não presenciaram os fatos.
O juiz ponderou que no passado já foi considerado normal que o chefe tratasse os subordinados de forma extremamente severa. No entanto, essa realidade mudou e hoje em dia isso não mais é aceito. "Hoje não se tolera que o empregador resvale para atitudes agressivas e desrespeitosas para com o trabalhador, causadoras de constrangimento e mal-estar (...)", registrou na sentença.