A possível briga entre gangues é a principal suspeita da Polícia Militar (PM) para um ataque que deixou ao menos nove pessoas feridas na tarde desta segunda-feira na Pedreira Prado Lopes, na Região Noroeste de Belo Horizonte. As vítimas estavam em um bar assistindo ao jogo do Brasil contra Camarões, quando foram surpreendidas por homens armados. Os criminosos fugiram e ainda não foram encontrados. Dos feridos, sete tinham envolvimento com crimes.

A tentativa de homicídio aconteceu no intervalo do jogo. Segundo o tenente Alexandre Garcia Teixeira, comandante do Grupo Especializado em Patrulhamento em Área de Risco (Gepar) que atua na região, homens que integram uma quadrilha do Bairro Aparecida foram até o bar ao receber informações de que rivais estavam no local. O grupo passou em um Palio cinza e atirou nos clientes. “Três deles desceram do carro, ficaram de campana e continuaram a atirar”, explica o militar.

Houve correria e gritaria no local. Testemunhas chegaram a informara que uma submetralhadora foi usada na ação, o que ainda não é confirmado. “Uma das vítimas contou que seria uma pistola com o carregador alongado, que caberia mais munições. Isso pode dar impressão de uma arma maior, mas nada ainda foi confirmado.

Ao todo, nove pessoas foram atingidas. Todas foram levadas em viaturas da PM e em carros particulares para o Hosptial Odilon Behrens. Quatro vítimas, que estavam em situação mais grave, foram transferidas para o Hosptial João XXIII. “O local do crime é bem perto do Odilon Behrens. Algumas vítimas, que estavam em situação mais tranquila, chegaram até a pé na unidade de saúde”, conta Teixeira.

As vítimas foram identificadas como: Welbert Denis dos Reis Moreira, de 27 anos, Wellington Bispo dos Santos, 47, Edson Júlio Rodrigues de Almeida, 19 , Erik Augusto Afonso Araújo, 22, todos estão no Hospital João XXIII. No Odilon Behrens estão. Luiz Augusto Alves, Carlos Fernando de Souza, Felipe Eduardo Souza Santos, Mateus Felipe dos Santos e Wanderlei Ferreira dos Santos. “Dois dos feridos são inocentes, não tinham nenhuma ligação com o crime. Os outros sete são traficantes e têm diversas passagens pela polícia”, afirma o tenente.

A briga entre as gangues seriam por rixas pequenas, como brigas por mulheres e ostentação. Para evitar novos confrontos, o policiamento foi reforçado na Região da Pedreira Prado Lopes. “Vamos fazer ocupações estratégicas e vamos aumentar o policiamento na região”, explica o tenente.

A PM já tem suspeitos para o ataque, mas pede a ajuda da população para tentar encontrá-los. “Quem tiver alguma informação dos autores do crime, pode fazer uma denúncia anônima pelo 181 para ajudar retirar das ruas essas pessoas que não têm condições de viver em sociedade”, disse. .