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Estado de Minas

Falta de banheiro contamina a festa na Savassi

Alegria de brasileiros e estrangeiros acaba na fila dos mictórios químicos, em número insuficiente


postado em 24/06/2014 07:13

Um exército vestido de verde e amarelo se rendeu ao amor pelo futebol e lotou as ruas da Região da Savassi, Centro-Sul de BH, para torcer pelo Brasil contra Camarões. Famílias, turmas de amigos e casais de namorados aproveitaram a folga do trabalho e invadiram a área nobre da cidade que está em clima de festa desde o início da Copa do Mundo. Foram mais de 20 mil pessoas, entre belo-horizontinos e turistas brasileiros e estrangeiros. Com tanta gente, problemas ocorridos nos primeiros dias das partidas e já tratados pela prefeitura voltaram a ocorrer. A estrutura de banheiros, que havia sido ampliada e chegou a 20, não foi suficiente. Com isso, ruas da Savassi voltaram a virar banheiros públicos a céu aberto.

Desde a manhã, a aglomeração de torcedores na região já dava sinais de que a festa poderia terminar com problemas. Era grande a empolgação de brasileiros, ingleses, costa-riquenhos, mexicanos, dinamarqueses, e até mesmo de argentinos, colombianos e argelinos, que ainda não deixaram a cidade, mesmo após os jogos de suas seleções. A praça Diogo de Vasconcelos se tornou um mosaico de nações, como definiu o professor Rafael Cerqueira, de 28 anos, vestido a caráter para a festa canarinho. “Cheguei com uma turma de amigos. Estou adorando o clima de Copa em BH, porque nossa cidade, que é isolada geograficamente do circuito que recebe estrangeiros, está passando por um momento cosmopolita”, disse, enquanto conversava com duas holandesas que chegaram ontem à capital.

Os amigos argentinos Daniel López, de 28, e Paulo Benítez, de 26, aprovaram a festa na Savassi. “Tudo está muito tranquilo e como os brasileiros são muito alegres, estamos gostando muito”, contou Daniel, que é professor de educação física na cidade de Monte Grande, perto de Buenos Aires.

A animação cresceu com o primeiro gol do Brasil. Nos quarteirões fechados, onde o público assistia à partida, gringos e brasileiros se uniram no grito de gol. Vibração geral. Logo após o confronto que rendeu ao Brasil a primeira posição no Grupo A, a vez foi dos ingleses. Hoje, eles vão ver sua desclassificada seleção entrar em campo, no Mineirão, contra a Costa Rica. Visivelmente em número maior do que os costa-riquenhos, eles faziam festa cantando hinos do futebol inglês no quarteirão fechado da Rua Pernambuco, esquina com Tomé de Souza.

Tudo parecia tranquilo, mas, com a crescente chegada de pessoas à região para comemorar e festejar a vitória brasileira, os problemas começaram a surgir. Tumulto na entrada dos espaços fechados, com aglomeração nas grades instaladas para o festival Savassi Cultural, e número insuficiente de banheiros químicos. Com filas enormes formadas em frente às cabines-mictórios, o quarteirão da Rua Pernambuco, no qual havia seis unidades, ficou “lavado” de xixi. “Isso é uma vergonha, porque a gente vem para aproveitar a festa e não há estrutura”, reclamou a supervisora educacional Gilda Gurgel, de 46 anos, que também reclamou do esquema de grades.


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