Vários caminhões chegaram na Savassi no início da tarde carregados com mictórios - Foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press
O entorno da Praça Diogo de Vasconcelos, conhecida com o Praça da Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, amanheceu tomado pela sujeira nesta terça-feira. O cheiro de urina predominava nos passeios próximo a comércios e prédios particulares. A falta de educação dos torcedores que comemoravam a vitória do Brasil contra Camarões se deu, como eles próprios apontaram, pela falta de banheiros químicos. Para tentar evitar um novo transtorno, a Prefeitura de Belo Horizonte reforçou o número de sanitários no local. Agora, serão 88 cabines instaladas até 14 de julho e 172 em dias de jogos da seleção canarinho.

No início da tarde desta terça-feira, a Savassi recebeu caminhões que transportavam banheiros químicos. Cada veículo levava aproximadamente dez sanitários, que foram deixados próximo aos quarteirões fechados.

De acordo com a Belotur, a região contava com 20 mictórios da prefeitura e outros 52 da empresa responsável pelo Savassi Cultural. A partir de hoje, serão 88 banheiros. Eles serão distribuídos por pontos de maior aglomeração -  22 na Pernambuco com Tomé de Souza, 22 na Paraíba com Antônio de Albuquerque, 22 na Pernambuco com Fernandes Tourinho, e 22 na Antônio de Albuquerque com Alagoas. Além disso, cada local vai receber duas cabines para pessoas portadoras de necessidades especiais.

Em dias de jogos do Brasil, o número de banheiros vai aumentar ainda mais. No cruzamento entre as avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo, serão instalados 40 sanitários, sendo 20 de cada lado.

A sujeira na Savassi foi provocada por milhares de pessoas que lotaram o local depois do jogo do Brasil, nessa segunda-feira. Segundo estimativa da Polícia Militar (PM), 20 mil torcedores festejaram na praça. Era grande a empolgação de brasileiros, ingleses, costa-riquenhos, mexicanos, dinamarqueses e até mesmo de argentinos, colombianos e argelinos, que ainda não deixaram a cidade, mesmo após os jogos de suas seleções.

Tudo corria em clima de tranquilidade mas, com o passar das horas, o público foi aumentando, assim como os contratempos. Tumulto na entrada dos espaços fechados, com aglomeração nas grades instaladas para o festival Savassi Cultural e número insuficiente de banheiros químicos. As filas nos sanitários eram imensas, com espera média de 20 minutos. Com a demora, a opção dos torcedores foi usar portas de comércios e prédios.

Sábado deve ter público maior

A seleção brasileira vai enfrentar a equipe do Chile no próximo sábado, no Mineirão. A PM já trabalha com a possibilidade de o número de torcedores na Savassi superar 20 mil. "Quando atingir esse limite, as pessoas devem procurar lugares alternativos na cidade. Não adianta insistir e vir para a Savassi. Não vai caber", alerta a comandante do Policiamento da Capital, coronel Cláudia Romualdo. .