A segurança em Belo Horizonte no sábado, quando a Seleção Brasileira enfrentará o Chile pelas oitavas de final da Copa, virou motivo de preocupação da Fifa. O diretor de comunicação do Comitê Organizador Local (COL) – ligado à entidade –, Saint-Clair Milese, disse ontem que teme confrontos das duas torcidas e que a segurança precisa ser reforçada. O chefe da comunicação social da Polícia Militar, tenente-coronel Alberto Luiz, afirma, entretanto, que o efetivo empregado em dias de jogos é suficiente. Serão 13 mil agentes, incluindo 3 mil formados para o Batalhão Copa, 3 mil do Comando de Policiamento Especializado e 6 mil do Comando de Policiamento da Capital, além de 500 militares de áreas administrativas.
“Nosso policiamento contempla a segurança adequada para esse evento em Belo Horizonte”, garantiu o oficial. “Respeitamos a opinião de qualquer outra autoridade, mas a tranquilizamos com a estratégia e o planejamento elaborados pela polícia de Minas”, afirmou.
Para o tenente-coronel Alberto Luiz é improvável o episódio ocorrido no Rio de Janeiro se repetir no Mineirão. “Temos um perímetro de dois quilômetros da Fifa muito bem delineado e protegido. Somente acessa esse perímetro quem tem ingresso. Nenhum chileno, brasileiro ou de qualquer outra nacionalidade poderá entrar. Em Belo Horizonte, aconteceu um único fato de um argentino que tentou furtar o ingresso de um iraniano e foi preso”, informou.
“Não podemos de maneira alguma achar que não possa haver algum problema, mas estamos preparados. Temos linhas de ações diferenciadas para determinar o tipo de comportamento, seja de torcedores estrangeiros, brasileiros ou de possível manifestação”, afirmou o tenente-coronel. A preocupação de Saint-Clair é pertinente, segundo ele, ressaltando que dentro do estádio cabe à Fifa estabelecer a segurança interna.