As seleções de seus países já jogaram no estádio do Mineirão e foram embora – algumas desclassificadas –, mas os torcedores continuam firmes em Belo Horizonte. Há duas semanas na capital, a argentina Magali Guerra, de 30 anos, tinha, na tarde de ontem, todos os motivos do mundo para ficar eufórica. Torcedora fanática de Messi, ela viu, no telão de um bar na Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, a seleção de seu país liquidar a Nigéria por 3 a 2. Mas uma pontinha de saudade já tomava conta do coração da moça. “As férias estão acabando, tenho que voltar.”
Residente no famoso Bairro de Palermo, em Buenos Aires, Magali é contadora e chegou à capital mineira no dia 12. “Fui ao Rio de Janeiro (RJ) e voltei, estou o tempo todo aqui. Gosto muito da cidade e tenho vários amigos. Se pudesse escolher, ficaria morando em BH para sempre”, disse, numa roda de amigos.
Passeando no quarteirão fechado da Rua Antônio de Albuquerque, na Savassi, o diplomata colombiano Victor Gómez, de 26, residente em Bogotá, também vestiu a camisa amarela de seu país, que fez a primeira partida contra Grécia, no Mineirão, no dia 13. Na terça-feira, ele assistiu, no Mineirão, ao empate entre Inglaterra e Costa Rica, e agora seguirá para Brasília (DF). “Gostei muito desta cidade e pretendo voltar.”
Ao lado de amigos, Sean T’henin, de 23, inglês residente em Liverpool, esteve no Rio e em São Paulo e decidiu ficar mais um dia em BH, curtindo os bares da Savassi. Agora, o destino será Argentina, antes de voltar para casa. Já sem a camisa do país de Rooney, o jovem não se incomodou de posar com os amigos Magali e Victor, mostrando que mais vale a grande festa do futebol do que rivalidades.