Jornal Estado de Minas

Manifestação pede a soltura de presos durante os protestos contra a Copa do Mundo

Aproximadamente 30 pessoas se concentram em frente ao Memorial da Resistência, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul da capital mineira

João Henrique do Vale Landercy Hemerson

Manifestantes levaram faixas e cartazes durante o protesto - Foto: Marcos Michellin/EM/D.A.PRess
Integrantes de movimentos sociais fazem um protesto na noite desta quinta-feira na Avenida Afonso Pena com Rua Bernardo Monteiro, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul.

Aproximadamente 30 pessoas se concentram em frente ao Memorial da Resistência para pedir a libertação de duas pessoas presas durante os protestos no início da Copa do Mundo na capital mineira.

A manifestação foi convocada pela Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça de Minas Gerais O grupo se concentrou em frente ao antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), onde hoje funciona o Departamento Antidrogas da Polícia Civil, por volta de 17h. Com faixas, os manifestantes pediam a libertação de Igor Daniel de Aguiar, indiciado por porte de artefato explosivo, e de Patrícia Dantas Dias, que responde por dano ao patrimônio público.

A coordenadora do movimento, a militante Heloisa Greco, afirmou que os dois são presos políticos. Integrantes da manifestação disseram que Igor não estava com coquetel molotov, conforme relatos da polícia, mas sim com uma cachaça.

A data escolhida pelo protesto é por causa do dia Internacional de Luta contra a Tortura, que se comemora nesta quinta-feira. Segundo os manifestantes, onze pessoas foram detidas durante as manifestações, sendo um adolescente. Todos por registrar os protestos e a repressão, segundo eles.


O grupo também lembrou das mortes registradas durante as manifestações na Copa das Confederações, no ano passado. De acordo com os manifestantes, quatro jovens, que caíram do viaduto na Avenida Abrahão Caram, são vítimas da repressão.

O ato aconteceu em frente ao Departamento de Investigação Antidrogas - Foto: Marcos Michellin/EM/D.A.PRess

Indiciados

Os atos de vandalismo que provocaram prejuízos na capital mineira durante as manifestações no início da Copa do Mundo, ainda são investigados. A delegada Gislaine de Oliveira Rios, uma das responsáveis pelos casos, indiciou, além de Igor ePatrícia, outras duas pessoas por causa de crimes cometidos durante os protestos. Cada um vai responder por transgressões diferentes, entre elas estão porte de artefato explosivo, dano ao patrimônio e corrupção de menores. Outros seis inquéritos ainda são finalizados.

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