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Estado de Minas

Motoristas desrespeitam faixas exlusivas do BRT no Centro e na Pampulha

Infrações foram flagradas nas avenidas Santos Dumont, Paraná, Antônio Carlos e Vilarinho


postado em 27/06/2014 06:00 / atualizado em 27/06/2014 07:07

Carro é flagrado na pista do BRT na saída da Rua Oiapoque, no Centro(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press )
Carro é flagrado na pista do BRT na saída da Rua Oiapoque, no Centro (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press )

Depois de quatro meses de operação e com as quatro estações de integração funcionando no sistema BRT/Move, muitos motoristas ainda ignoram a faixa exclusividade dos ônibus. Ontem, no dia em que mais duas linhas do BRT foram inauguradas e que o terminal Vilarinho, em Venda Nova, passou a fazer parte da rede do Move, as invasões das faixas e corredores exclusivos ainda desafiavam as manobras dos articulados. De dentro de um desses ônibus, a reportagem do Estado de Minas flagrou carros particulares circulando livremente nos corredores Santos Dumont e Paraná, no Centro, e nas pistas reservadas ao Move das avenidas Antônio Carlos e Vilarinho.

A passagem dos automóveis em meio aos ônibus, já detectada pela BHTrans, não é o único empecilho no meio do caminho do BRT. Há ainda muitos pedestres que se arriscam fora da faixa ou atravessam na frente dos coletivos articulados, mesmo com o sinal aberto.

As duas linhas que passaram a operar ontem dentro do sistema – a 63 (Estação Venda Nova/Lagoinha) e a 65 (Estação Vilarinho/Centro) – são paradoras e têm embarque e desembarque nas estações da Pedro I. Os dois itinerários já existiam e operavam com veículos convencionais. A capacidade de transporte, de 5 mil passageiros/dia nas duas linhas, e o intervalo de viagens (10/10 minutos na 63 e 15/15minutos na 65) foram mantidos, mas com o aumento da capacidade de transporte. “De 70 passageiros transportados nos convencionais, agora 140 usuários podem ser levados a cada viagem”, afirma o diretor de Transporte Público da BHTrans, Daniel Marx Couto, que ontem explicou a nova etapa de operação.

USUÁRIOS O professor Kelson Leite, de 27 anos, diz que a viagem foi pelo menos 10 minutos mais rápida e saiu na frente pelo conforto do ar condicionado e do ônibus novo e moderno. Já a artesã Maria das Graças Delfino, de 47, fez ressalvas no itinerário de volta. “Esperei muito tempo na estação no Centro. No fim das contas, não sei se o tempo ganho no corredor exclusivo vai compensar. Além disso, ainda falta mais informação sobre os pontos de parada”, disse.

De acordo com Daniel Couto, equipes da BHTrans estão nas estações para orientar os passageiros. Sobre as invasões de faixa, ele afirmou que há fiscalização para identificar as irregularidades. “Além disso, há uma licitação para aquisição de radares e eles serão instalados para coibir a infração.


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