Na casa do adversário, torcedores chilenos preferiram não fazer festa antecipada ontem à noite na Savassi, diferentemente dos brasileiros, que no quarteirão da Rua Pernambuco, entre a praça e a Rua Fernandes Tourinho, ensaiavam dois gritos em ritmo de samba, embalados pela banda Verde e Amarelo. “Não vou ao Mineirão, mas amanhã estarei aqui na Savassi para comemorar a vitória do Brasil”, disse, animado, o relações públicas Cláudio Calixto, de 30 anos, que acompanhava a festa com um tamborim.
E a estratégia do chileno parece ter dado certo. “Os brasileiros me receberam muito bem, mas vou torcer para o Chile. É claro que na final vai dar México”, alfinetou a arquiteta Mariana Craviato, de 33, que acompanha os jogos de sua seleção ao lado da mãe, Goya Cravito, de 60.
E tem até brasileira que confessou que vai torcer para o rival. “Sou 100% Chile. O Brasil já tem várias Copas e para os chilenos será uma primeira conquista”, justificou a administradora Sandra Pinheiro, de 38, que veio de Nova York (EUA) como o marido, o professor de tênis chileno Jorge Luna, de 43, para acompanhar os jogos da seleção do país dele.