“Lá, gente, é o que o Brasil tem de melhor.” Essa é a opinião de dois costa-riquenhos que foram ontem conhecer a histórica Ouro Preto, a 95 quilômetros de Belo Horizonte, Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1980 e que já recebeu desde o início da Copa do Mundo turistas de pelo menos 17 nacionalidades. A beleza dos casarões, das igrejas e das ladeiras de pedra impressionaram o engenheiro químico Carlos Obando e o professor de espanhol Moisés Medina, mas o povo é a maior atração. “A especialidade do brasileiro é nos fazer sentir como em família. Essa é a maior lembrança que vou levar daqui”, disse o engenheiro, que estava sendo ciceroneado em Ouro Preto por dois casais amigos de brasileiros, Flávio e Luana Lima e Gustavo Greco e Sueli Alves, a maioria deles também usando camisas vermelhas na torcida para que a Costa Rica passe para as quartas de final. Para Moisés Medina, o povo é realmente uma atração à parte. “São hospitaleiros e muito gentis com os estrangeiros”, destaca Medina Eles foram ontem uma das atrações da Praça Tiradentes. Moradores da cidade e turistas de outros municípios e estados pediam todo o tempo para tirar fotos com os dois, que não se importavam como o assédio dos brasileiros.
Eles também se encantaram com uma iguaria comum no Brasil, principalmente nos churrascos: a picanha.
PRÍNCIPES Para o casal Philippe e Françoise de Chimay, integrantes da família real da Bélgica, que jogou em Belo Horizonte na primeira fase da Copa do Mundo e continua no páreo nesta segunda fase, é difícil dizer o que mais gostaram do Brasil e qual lembrança vão levar daqui. É que, segundos eles, que na Bélgica são chamados de príncipe e princesa (todos da família real têm título de nobreza), cada lugar tem sua atração. Mas um dos destaques é o povo brasileiro.
Até os chilenos, tristes depois que a seleção perdeu para o Brasil anteontem, elogiaram o povo brasileiro e os estádios da Copa do Mundo. De acordo com os irmãos Diego Rénasco e Angeles Achardo, o Maracanã e o Mineirão são muito bons. Eles estavam em Ouro Preto em companhia do pai, Raimundo Achardo. Além do Rio e de BH, eles estiveram também em Salvador, na Bahia..