Satisfeitos com os ares cosmopolitas que a Savassi, na Região Centro-Sul, ganhou nesta Copa do Mundo, comerciantes e frequentadores apostam: esta não será uma semana de trégua no movimento devido ao calendário do Mineirão – o próximo jogo está marcado para dia 8.
Hoje, às 13h, a Seleção Argentina joga com a Suíça na capital paulista. Comerciantes acreditam que brasileiros e argentinos vão escolher a Savassi para “secar” ou torcer pelos hermanos. “Vamos dar uma respirada, mas na sexta-feira, o movimento intenso voltará”, prevê Aila Portugal, dona de duas lojas de roupas femininas no quarteirão fechado da Rua Antônio de Albuquerque. De olho na multidão que se reúne naquele espaço, ela aproveitou para oferecer bebida aos torcedores. “Sábado, vendemos cerca de 1 mil latas de cerveja. Domingo, quando vim limpar a loja, surpreendi-me com o movimento e voltei a vender cerveja. Por isso, não acredito em trégua”, comenta.
Gerente de um restaurante de comida baiana, Ana Hilda Gomes Melo informa que os 30 funcionários da casa escalados para a Copa continuarão no batente.
Frequentador assíduo da região, João Flores vê uma oportunidade para a Savassi: “Temos que aproveitar esse sucesso e investir nesse pedaço da cidade. Pode-se estender o fechamento dos quarteirões e criar pontos culturais”.
Se depender dos estrangeiros, a fama vai correr mundo. Por causa dela, Belo Horizonte entrou no roteiro dos mexicanos Ivar Maravilha, de 27 anos, e Mariano Momento, de 29. “No Rio, nos disseram que aqui na Savassi estava muito bom e cheio de mulheres bonitas. Então, mudamos nosso roteiro e viemos conhecer BH. Valeu a pena”, conta Ivar.
O norte-americano Erick Ott define a Savassi como “o lugar da alma brasileira”. Ele está há cinco dias na cidade e pretende ficar mais cinco. “É melhor do que São Paulo e Rio de Janeiro”, garante.
Reunião A Prefeitura de Belo Horizonte está de olho no potencial da Savassi revelado pela Copa do Mundo. Dia 15, essa questão será discutida em reunião com técnicos da Organização Mundial de Turismo. O presidente da Belotur, Mauro Werkema, admite que o sucesso surpreendeu a PBH. “Nossa expectativa era de cerca de 7 mil pessoas na região, mas foram 20 mil. A experiência nos mostrou que é preciso planejamento, com grandes eventos sustentáveis, mas sem extrapolar a capacidade do local”, observa.
O fenômeno, segundo Werkema, deve se repetir até o fim da Copa.
Banheiros
De acordo com a Belotur, dos 188 banheiros químicos instalados na Savassi no sábado, 80 foram retirados. Eles estarão de volta nos dias de jogos da Seleção Brasileira, promete Mauro Werkema, presidente do órgão. O policiamento na região, de acordo com a Polícia Militar, continuará reforçado esta semana, sobretudo na sexta-feira, quando a Seleção Brasileira vai enfrentar a Colômbia.
. De acordo com a Belotur, dos 188 banheiros químicos instalados na Savassi no sábado, 80 foram retirados. Eles estarão de volta nos dias de jogos da Seleção Brasileira, promete Mauro Werkema, presidente do órgão. O policiamento na região, de acordo com a Polícia Militar, continuará reforçado esta semana, sobretudo na sexta-feira, quando a Seleção Brasileira vai enfrentar a Colômbia.