Satisfeitos com os ares cosmopolitas que a Savassi, na Região Centro-Sul, ganhou nesta Copa do Mundo, comerciantes e frequentadores apostam: esta não será uma semana de trégua no movimento devido ao calendário do Mineirão – o próximo jogo está marcado para dia 8. No máximo, vêm aí 48 horas mais calmas, como ocorreu nessa segunda-feira à noite, que permitirão renovar o fôlego para sexta-feira, quando o Brasil vai enfrentar a Colômbia.
Gerente de um restaurante de comida baiana, Ana Hilda Gomes Melo informa que os 30 funcionários da casa escalados para a Copa continuarão no batente. “Antes do Mundial, não apostávamos em bom movimento. Fomos pegos de surpresa, tivemos de dobrar o estoque de comida e bebida. Em vez de trabalharmos com duas equipes, optamos por uma em tempo integral. Passamos a funcionar diariamente e vamos continuar nesse ritmo até dia 13”, afirma.
Frequentador assíduo da região, João Flores vê uma oportunidade para a Savassi: “Temos que aproveitar esse sucesso e investir nesse pedaço da cidade. Pode-se estender o fechamento dos quarteirões e criar pontos culturais”.
Se depender dos estrangeiros, a fama vai correr mundo. Por causa dela, Belo Horizonte entrou no roteiro dos mexicanos Ivar Maravilha, de 27 anos, e Mariano Momento, de 29. “No Rio, nos disseram que aqui na Savassi estava muito bom e cheio de mulheres bonitas. Então, mudamos nosso roteiro e viemos conhecer BH. Valeu a pena”, conta Ivar.
O norte-americano Erick Ott define a Savassi como “o lugar da alma brasileira”. Ele está há cinco dias na cidade e pretende ficar mais cinco. “É melhor do que São Paulo e Rio de Janeiro”, garante. Ontem, franceses e norte-americanos assistiam ao jogo da França contra a Nigéria em bares da região. Jean Kleis veio da França com quatro companheiros para o Rio de Janeiro. “Como temos amigo em BH, chegamos há três dias e ficaremos até a semana que vem. Temos planos de voltar”, garantiu.
Reunião A Prefeitura de Belo Horizonte está de olho no potencial da Savassi revelado pela Copa do Mundo. Dia 15, essa questão será discutida em reunião com técnicos da Organização Mundial de Turismo. O presidente da Belotur, Mauro Werkema, admite que o sucesso surpreendeu a PBH. “Nossa expectativa era de cerca de 7 mil pessoas na região, mas foram 20 mil. A experiência nos mostrou que é preciso planejamento, com grandes eventos sustentáveis, mas sem extrapolar a capacidade do local”, observa.
O fenômeno, segundo Werkema, deve se repetir até o fim da Copa. “A Savassi é a Ipanema de Belo Horizonte. A região precisava de um alento comercial. Com essa divulgação pelo mundo, pode ser que ela atraia mais eventos e mais pessoas. Por isso, temos que planejar com cautela”, conclui.
Banheiros
De acordo com a Belotur, dos 188 banheiros químicos instalados na Savassi no sábado, 80 foram retirados. Eles estarão de volta nos dias de jogos da Seleção Brasileira, promete Mauro Werkema, presidente do órgão. O policiamento na região, de acordo com a Polícia Militar, continuará reforçado esta semana, sobretudo na sexta-feira, quando a Seleção Brasileira vai enfrentar a Colômbia.
De acordo com a Belotur, dos 188 banheiros químicos instalados na Savassi no sábado, 80 foram retirados. Eles estarão de volta nos dias de jogos da Seleção Brasileira, promete Mauro Werkema, presidente do órgão. O policiamento na região, de acordo com a Polícia Militar, continuará reforçado esta semana, sobretudo na sexta-feira, quando a Seleção Brasileira vai enfrentar a Colômbia.