Um casal suspeito de tentar matar um taxista a marretadas foi detido pela Polícia Civil. O crime aconteceu em 12 de maio no Bairro São Pedro, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Arlee Douglas Lima Rosa, de 20 anos, e uma adolescente de 16, foram apresentados na manhã desta quarta-feira e confessaram o crime. Segundo eles, a intenção era roubar o dinheiro para terminar a casa que estão construindo no Bairro Céu Azul, na Região de Venda Nova.
O crime foi praticado de maneira cruel e covarde. O casal saiu de casa já planejando o assalto. De acordo com a Polícia Civil, a adolescente escondeu a marreta embaixo da roupa e Arlee levou uma faca. Em depoimento, a dupla explicou que seguiu até a Região da Savassi porque o local ter uma grande movimentação de veículos, o que facilitari achar um taxista com muito dinheiro.
O casal deu sinal para o táxi no cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo. Eles pediram uma corrida para o Bairro São Pedro, onde disseram que iriam a uma boate. Porém, quando passavam pela Rua São Domingos do Prata, o homem encostou a faca no pescoço do motorista e anunciou o assalto. Conforme a polícia, a vítima não reagiu e entregou o dinheiro. Não satisfeito, Arlee tomou a marreta das mãos da adolescente e disse: “Vamos terminar o que combinamos”. Em seguida, segundo depoimento do taxista, desferiu diversos golpes na cabeça dele.
A equipe de policiais civis da 1ª Delegacia Sul de Belo Horizonte conseguiu identificar os suspeitos através das câmeras de segurança de casas e comércios da rua onde aconteceram as agressões. Um mandado de busca e apreensão foi pedido à Justiça e cumprido em 24 de junho. Os policias foram até a casa do casal, no Bairro Céu Azul, e conseguiu detê-los.
Ao serem apresentados nesta quarta-feira, o casal confessou o crime. Arlee disse que praticou o assalto para usar o dinheiro na obra da casa onde moram. Também afirmou que a intenção era assassinar o taxista. “O casal vivia praticando pequenos furtos para dar continuidade às obras da residência. Os alvos eram pessoas nas ruas, supermercados, padaria e pequenos estabelecimentos”, afirma o delegado Henrique Canedo.
Arlee foi encaminhado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da Gameleira. A adolescente foi encaminhada para o Centro de Internação Provisória São Jerônimo.
Taxista deixa a profissão
O taxista conta que o casal entrou no carro aparentemente tranquilo. “Durante a viagem eles colocaram a faca no meus pescoço até quase me cortar. Mesmo me mostrando tranquilo, assim que passei o dinheiro senti o golpe na cabeça. Em seguida, vários golpes”, explica. Ele sofreu afundamento de crânio e cortes na orelha.
A vítima da violência e crueldade dos criminosos não deve mais voltar para as ruas como taxista. “Desisti de ser taxista. Fiquei traumatizado e minha família disse que eu não precisava trabalhar nisso mais. Fico feliz com a prisão dos autores. Tive sorte porque eles não tiveram força para me matar ou a marreta pegou em um local mais duro”, comentou.