Jornal Estado de Minas

Imóveis no entorno de viaduto que desabou em BH não correm risco, dizem bombeiros

Estrutura atingiu quatro veículos. Duas pessoas morreram e outras 22 ficaram feridas. O concreto será cortado para os bombeiros terem acesso três veículos que estão embaixo

João Henrique do Vale Daniel Camargos
Quatro veículos foram esmagados pela estrutura de concreto - Foto: Valquiria Lopes/EM/D.A.Press

Militares do Corpo de Bombeiros e da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) fizeram vistoria em um conjunto habitacional e casas localizadas no entorno da Avenida Pedro I, onde um viaduto desabou na tarde desta quinta-feira (assista ao vídeo). Em coletiva de imprensa, tenente-coronel e assessor de comunicação dos bombeiros, Edgar Estevo da Silva, descartou qualquer risco na edificação. No incidente, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, ao menos duas pessoas morreram e outras 22 ficaram feridas.

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Minutos depois da queda do viaduto, técnicos da Defesa Civil e militares dos bombeiros fizeram uma varreduras em imóveis próximo ao local da queda. “Já vistoriamos o conjunto habitacional e casas no entorno para verificar qualquer riscos. Não há riscos nestes locais. As pessoas podem nos comunicar que faremos uma vistoria para verificar se há algum dano ou risco nas casas”, afirma Edgar Estevo.

A estrutura que desabou é uma das alças do Viaduto Guararapes.
O elevado faz parte do complexo de obras para o alargamento da avenida e seria inaugurado nos próximos dias. A outra alça é avaliada para ver se há risco de queda. “O segundo viaduto que ainda permanece (intacto) está sendo periciado pela Defesa Civil. É um serviço minucioso e demorado”, explicou o tenente-coronel.

No acidente, quatro veículos, sendo dois caminhões, um ônibus e um carro, foram atingidos. O Corpo de Bombeiros confirma a morte de apenas uma vítima, a condutora do coletivo. Ela foi identificada como Hanna Cristina. “O Samu retirou 13 pessoas atingidas no local. Algumas pessoas podem ter saído antes e sem notícias do Samu. Nenhuma vítima tem gravidade e nem corre risco de morrer”, conta Silva.

O número de vítimas ainda pode aumentar, pois os militares ainda não tiveram acesso aos veículos que estão embaixo da estrutura. “Não sabemos se existe vítima no carro. Nos caminhões sabemos que não haviam ninguém, conforme nos informou o encarregado da obra.
Vamos trazer uma câmera especial de visualização para ver sobre os escombros. Ela nos dá mais segurança”, comentou o tenente-coronel.

Assista ao vídeo do momento da queda do viaduto

Retirada de carros deve ser demorada

Para chegar até os veículos que estão embaixo do concreto, a estrutura será toda cortada. “Vamos fazer cortes em blocos para termos acesso completo aos dois caminhões e ao veículo”, afirma o tenente-coronel. O coronel Matuzail Maritns, diretor de tecnologia e sistema dos bombeiros, dois guindastes estão vindo de Ibirité. Cada máquina tem a capacidade de levantar 600 toneladas. Conforme o militar, elas seriam suficientes para levantar o viaduto.

Um grande aparato foi montado no local. As polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Samu, BHTrans e Defesa Civil, estão trabalhando.

Infográfico mostra como foi o acidente
- Foto: Soraia Piva/em.com.br

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