Já dura cerca de 6 horas o trabalho para a retirada do Fiat Uno que ficou preso sob o viaduto que desabou na tarde dessa quinta-feira na Avenida Pedro I, no Bairro São João Batista. Na tragédia, duas pessoas morreram e outras 22 ficaram feridas. Por volta das 21h, os bombeiros fizeram as primeiras tentativas de remoção do veículo usando macacos hidraúlicos para elevar os escombros, mas as ações não deram certo e a estratégia foi mudada. Bombeiros e funcionários da construtora iniciaram a abertura de um buraco ao redor do veículo para que ele seja retirado.
As primeiras ações aconteceram com duas retroescavadeiras que foram levadas até perto aonde está o automóvel. A operação para retirar o veículo acontece com dificuldade, seis horas depois da queda da estrutura. As máquinas a todo momento se aproximavam do carro e em seguida retornavam. Elas recolheram terra próximo ao elevado.
Por volta das 22h, aproximadamente cinco pequenos macacos hidráulicos foram colocados no elevado para tentar levantá-lo. Novamente, a ação não teve êxito. O carro já foi amarrado com cabos de aço.
Às 23h, uma nova máquina chegou ao local. Os bombeiros retiraram todos os equipamentos que estavam no caminho para que o equipamento funcionar. Um rompedor hidráulico é usado para quebrar o concreto do sistema rápido por ônibus, o BRT/Move, atrás do carro. A estratégia é tentar fazer um buraco embaixo do automóvel para depois puxá-lo. Dois grandes macacos hidráulicos escoram o viaduto no lado esquerdo. O outro lado, a escora é feita pelos dois caminhões que foram atingidos pelo viaduto.
Os trabalhos seguem a todo vapor para tentar retirar o carro que está preso embaixo do viaduto. Por volta da 0h, o rompedor hidráulico conseguiu fazer um buraco próximo ao Fiat Uno. Os escombros foram retirados por uma escavadeira. Em seguida, um bombeiro entrou embaixo do automóvel e prendeu um cabo de aço no eixo. A intenção é puxá-lo com uma das máquinas.
O Fiat Uno, placa GSZ-5394, de Lagoa Santa, pertence a Charles Frederico Moreira do Nascimento. À princípio, o motoristas está dentro do carro. A moradora da cidade Cristilene Pereira Leme, companheira do homem, está na avenida desde a tarde acompanhando o resgate. Chorando muito, a mulher conta que o esperava . “Ele tinha combinado de me pegar por volta das 15h, pouco depois do viaduto. Ligo insistentemente para ele, mas não me atende”, comentou.
Infográfico mostra como foi o acidente