O viaduto da Rua Montese, também de responsabilidade da construtora Cowan, faz parte do mesmo complexo da obra da Rua Guararapes, que caiu ontem, e fica a cerca de um quilômetro do local do desastre. O trânsito ficou interditado por três dias e foi preciso reforçar o apoio ao viaduto. Na época, foi levantada hipótese de que a retirada precipitada do escoramento poderia ter sobrecarregado o pilar, que apresentou rachaduras. A PBH descartou a possibilidade de queda do viaduto.
Outra possibilidade apontada era de que um amortecedor hidráulico instalado entre a coluna de sustentação e a pista do viaduto teria estourado. Como se não bastasse, em maio, uma máquina usada nas obras do BRT da Pedro I, próximo da Avenida Vilarinho, levou ao rompimento de uma adutora da Copasa, transformando as pistas em um lamaçal.
SÃO GABRIEL A pressa também foi inimiga da perfeição nas obras do Terminal de Integração São Gabriel, principal estação do BRT/Move e por onde passam cerca de 80 mil pessoas diariamente. O documento do Instituto Mineiro de Perícias apontou que o terminal está em “processo inicial de deformação” e alerta para o risco de ruptura e queda de peças de até 200 quilos da cobertura do terminal.
Entre os problemas, estão a falta de parafusos em vigas, peças remendadas e sistema de escoramento falho. O terminal foi inaugurado em maio, antes da conclusão das obras. O documento recomenda uma avaliação emergencial quanto ao tráfego de pedestres no terminal. De acordo com a prefeitura, não há qualquer risco e a estação opera em condições de segurança. (FA)
.