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Estado de Minas BELO HORIZONTE

Depois de quase 14h, bombeiros retiram carro dos escombros e resgatam corpo de motorista

Desabamento do viaduto aconteceu pouco depois das 15h dessa quinta-feira e deixou dois mortos


postado em 04/07/2014 04:55 / atualizado em 04/07/2014 10:32

Veículo foi retirado dos escombros e os bombeiros confirmaram que nele havia só o motorista (foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
Veículo foi retirado dos escombros e os bombeiros confirmaram que nele havia só o motorista (foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)

Por volta das 4h40 dessa sexta-feira, o Corpo de Bombeiros conseguiu remover o Fiat Uno, placa GSZ-5394, de Lagoa Santa, que ficou preso sob o viaduto que desabou na Avenida Pedro I, no Bairro São João Batista, nessa quinta-feira. Charles Frederico Moreira do Nascimento era o único ocupante do veículo. O corpo dele foi resgatado 14 horas depois da tragédia, que matou ainda uma mulher e feriu 22 pessoas.

Veja imagens da retirada do veículo dos escombros

O desabamento de parte do viaduto em obras, que ligaria a Avenida Olímpio Mourão Filho à Avenida Pedro I, aconteceu às 15h dessa quinta e atingiu um micro-ônibus, dois caminhões e o Uno. A motorista do veículo de transporte, Hanna Cristina dos Santos, de 24 anos, morreu no local e o corpo dela foi resgatado no início da noite. No entanto, os trabalhos para a retirada do carro de passeio só começaram por volta das 21h. Cerca de 70 homens participaram da operação de resgate.

Macacos hidráulicos foram usados para aliviar o peso do viaduto sobre o Uno (foto: Marcos Michelin/EM/DA Press)
Macacos hidráulicos foram usados para aliviar o peso do viaduto sobre o Uno (foto: Marcos Michelin/EM/DA Press)

Os bombeiros e operários da construtora iniciaram o trabalho instalando cinco pequenos macacos hidráulicos para tentar levantar a estrutura de concreto e puxar o Uno. A ação não teve êxito e uma nova estratégia foi adotada: a de retirar o carro por baixo, fazendo um buraco no concreto para diminuir a pressão do viaduto sobre o veículo.

Veja imagens do desabamento

Já por volta das 23h, chegou ao local um rompedor hidráulico, um trator com uma broca perfurar rochas e concreto. Pouco antes da meia noite, a máquina já havia conseguido fazer um buraco próximo ao Fiat Uno. Os escombros foram retirados por uma escavadeira. Em seguida, um bombeiro entrou debaixo do automóvel e prendeu um cabo de aço no eixo do carro com a intenção puxá-lo com uma das máquinas. No entanto, o carro continuava preso.

Os bombeiros mantiveram as escavações e usaram um caminhão-pipa para molhar o solo facilitar a retirada do Uno. A estratégia deu certo e pouco antes das 3h duas rodas do lado esquerdo do carro foram soltas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a principal dificuldade em remover o veículo foi em função do peso da estrutura sobre o carro. O viaduto Batalha dos Guararapes pesa 2,5 mil toneladas e tem 150 metros de extensão.

Às 4h40, após oito horas de operação específica para a remoção do Uno, o veículo finalmente foi retirado de debaixo do viaduto. Ao todo cerca 70 homens participaram dos trabalhos.


Via segue interditada

Após a remoção do Uno e do resgate do corpo, a área ficará isolada para a realização da perícia, mas restaram ainda sob os escombros dois caminhões, que estavam vazios na hora do desabamento. De acordo com o coronel Edgar Estevo, do Corpo de Bombeiros, a estrutura do outro viaduto permanecerá isolada para ser avaliada pela empresa Cowan. Assim que o estudo for concuído, será inciado o trabalho de remoção do viaduto que desabou. Ainda de acordo com o militar, está sendo estudada a maneira como será feita a liberação da pista. O concreto pode ser removido por blocos e existe ainda a possibilidade de implodir a estrutura.

Drama

A companheira do motorista, Cristilene Pereira Leme, disse que esperava por Charles em um ponto de ônibus perto do local do acidente. “Ele tinha combinado de me pegar por volta das 15h, pouco depois do viaduto. Ligo insistentemente para ele, mas não me atende”, comentou.

A mulher esteve durante boa parte do tempo no local acompanhando o trabalho de resgate. Ainda à tarde ela se sentiu mal e precisou de atendimento médico. Ela também acompanhou o trabalho de remoção durante toda a madrugada.

Ao logo das oito horas de resgate, circulou a informação, entre os próprios bombeiros, de que o motorista Charles Frederico estava vivo e mantinha contato com as equipes de socorro. A informação, no entanto, não era verídica, segundo afirmou a capitão Jordana de Oliveira, da assessoria de impressa do Corpo de Bombeiros.

(foto: Soraia Piva/em.com.br)
(foto: Soraia Piva/em.com.br)


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